Sucateamento e abandono gera problemas graves em todos os setores

Notícia publicada dia 31/01/2022 15:20

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A política privatista e destruidora das estatais do governo Bolsonaro aprofunda problemas que já vinham se avolumando na ECT e que precisam acabar, pois estão desestruturando a empresa, impedindo que ela cresça e lucre ainda mais, desagradando a população e prejudicando a saúde física e mental e a renda dos ecetistas!

A falta de funcionários é generalizada e a falta de condições de trabalho, de materiais e equipamentos, de estrutura nas unidades e de manutenção gera uma situação caótica, estressante e insalubre! Isso tem que mudar e a hora é já!

A defasagem no quadro de funcionários que atinge todos os setores, gera sobrecarga, adoece e maltrata e dá desculpa para a ECT promover transferências abusivas de trabalhadores de uma unidade pra outra, o que muitas vezes ocorre por perseguição, apenas para punir o trabalhador.

Talvez esse seja o pior dos problemas que afligem a categoria. Mas há vários outros que estão muito próximos, como:

● Faltam mesas para os trabalhadores manipularem as encomendas; com isso os objetos são tratados no chão, prejudicando a coluna dos funcionários;

● Muitas unidades não têm transpaleteiras; os veículos chegam nas unidades e os pallets são descarregados através de uma rampa improvisada de madeira, podendo se desprender dos veículos e cair nos pés dos trabalhadores;

● Em várias unidades a falta de água pra beber se repete, algumas têm apenas um bebedouro, outras bebedouros que não gelam e filtros que sabe-se lá quando foram trocados, pois a água fica com gosto estranho;

● Problemas de freios e pneus nos veículos são constantes (em Taboão da Serra um carro capotou por falta de freio);

● Os assaltos são constantes, cada vez aparecem mais quadrilhas especializadas em roubar veículos e trabalhadores dos Correios e, apesar disso, a falta de escolta armada persiste;

● A terceirização generalizada fará com que logo o número de funcionários terceirizados seja bem maior que o de concursados, enfraquecendo a categoria e suas lutas e a empresa como um todo;

● Veículos particulares nas unidades é uma realidade cada dia mais presente, com uberização total e com os problemas a ela inerentes, como redução de direitos e salários e falta de pagamento – a empresa Ultra Infinity ficou três meses sem pagar os motoristas.

Chega de sucateamento e privatização!

Essa realidade tem que mudar. Não dá mais para conviver com a falta de funcionários, com a retirada de direitos, com os salários baixos, o excesso de serviço, a violência, o estresse e o adoecimento.

Isso tudo vem do sucateamento promovido por governos privatistas, aliados do empresariado que quer controlar o setor postal.

Os problemas exigem muita luta da categoria para serem resolvidos. E isso não tem faltado. A batalha de 2021 garantiu reajuste pela inflação e a retomada de alguns direitos antes roubados, além da suspensão da tramitação do projeto privatista no Senado.

Além disso, o SINTECT-SP está atento, visitando todas as unidades apesar dos ataques às direções sindicais, realizando visitas técnicas, denúncias nas autoridades sanitárias e de saúde e ao MPT, e assim cobrando melhores condições de trabalho a toda categoria.

Mas é preciso ir além e o ano eleitoral é propício para lutar e exigir mudanças. O processo eleitoral favorece a exposição e potencializa a luta. Nesse ano especificamente é preciso que todos atuem também por uma mudança que leve a um novo governo que valorize as estatais, o patrimônio nacional e os direitos do povo.

Esse é o ano de derrotar a privatização dos Correios e tirar o governo Bolsonaro!

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