As mentiras de Faria, Guedes, Cutrin e Bolsonaro para justificar a destruição dos Correios

Notícia publicada dia 23/07/2021 12:15

Tamanho da fonte:

Dizer que privatizar é modernizar, que a ECT não dá lucro, que o serviço vai melhorar e que a universalização vai ser garantida são algumas das principais afirmações que não tem sustentação na realidade. São fantasias, ideologias, mentiras para enganar o povo e entregar o patrimônio público para bancos e empresas privadas extraírem mais lucros e os ricos ficarem mais ricos!

Os bolsonaristas entreguistas a serviço dos bancos e empresas privadas estão fazendo de tudo para destruir os Correios e entregar o setor postal para empresários privados ficarem ainda mais ricos. Principalmente mentir!

Vender os Correios, como querem Paulo Guedes, Fábio Faria e Bolsonaro, com o apoio de Gil Cutrin e do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, é parte do ideário neoliberal que visa a deixar todos os setores econômicos sob controle do mercado e do capital através do bancos e empresas privadas.

Mesmo aqueles setores que precisam estar nas mãos do Estado para poderem cumprir seu papel social e atender todos os brasileiros igualmente, como o setor postal e a estatal que o estrutura, os Correios.

Livre competição não funciona

Desde o governo Collor, centenas de estatais foram privatizadas. Entre elas a Vale do Rio Doce, a Embraer, Companhia Siderúrgica Nacional, Light, Telesp, Usiminas, Telebrás e dezenas de bancos estaduais.

Todos os setores foram tomados por monopólios após privatizados. Não há competição, os preços são altos e os serviços ruins. Como no caso da telefonia, por exemplo. Sobraram poucas empresas, não há espaço para menores, os preços são tabelados por elas, há inúmeras áreas cegas de sinal e a internet brasileira é uma das piores do mundo.

Essa é uma prova de que a livre competição liberal entre as empresas não gera mais qualidade e menores preços na disputa de consumidores.

É um mito, uma mentira, uma falsa premissa, ainda mais num setor como o postal, que não é lucrativo de ponta a ponta e precisa do subsídio cruzado para efetivar a universalização, que só uma estatal pode fazer.

O caso dos Correios

Se os Correios forem privatizados, só haverá competição entre empresas, bons serviços e preços acessíveis nos grandes centros lucrativos, cerca de 360 cidades num conjunto de 5.570 no país. E só por um tempo.

A tendência é monopolização do setor por uma ou duas grandes empresas. Depois disso elas determinam o padrão de qualidade e os preços. E sugam os ganhos dos produtores e comerciantes pequenos que precisam de serviços de entrega. Aumentam a concentração de renda e dificultam a sobrevivência de pequenos negócios e a geração de empregos.

Nas cidades médias o que se verá é menos oferta de serviços, menor qualidade e preços maiores. E quanto menor for a cidade, tudo piora. Na ponta, a maioria ficará sem atendimento postal nenhum.

Fim de uma malha logística única

Os Correios construíram, ao longo dos anos e graças ao subsídio cruzado e à exigência constitucional da universalização, uma malha logística complexa, única e necessária. Ela atende o SUS na distribuição de medicamentos e vacinas, o MEC na distribuição das provas do Enem e o TSE na distribuição e recolhimento das urnas eleitorais.

Se privatizar, essa malha acaba. Porque assim como as empresas privadas não vão garantir os serviços nas pequenas cidades, não vão manter uma estrutura logística que não vão usar. O motivo é simples: elas só atuam pelo lucro, pela reprodução do capital. Não fazem serviço social e não satisfazem necessidades da população. Isso é papel do Estado.

Defender os Correios é defender o país e sua população

No processo de privatização no Brasil, os Correios sempre foram ameaçados. Mas sobreviveram pela luta da categoria, pela resistência do povo e por ser um setor que precisa ser estatal para cumprir o papel de garantir a universalização, ou seja, comunicação postal para toda a população.

Não é possível que o pior governo da História do país consiga destruir o que outros tentaram e não conseguiram. Que o governo responsável por 550 mil mortes de brasileiros que poderiam ter sido evitadas na pandemia ainda destrua um patrimônio inestimável, uma estatal necessária e lucrativa. Que prejudique toda a população e o país para satisfazer interesses mesquinhos e gananciosos de meia dúzia de tubarões loucos por mais lucros.

Só a luta da categoria e do povo brasileiro muda isso!

Acesse a página da campanha em defesa dos Correios, apoie e entre na luta!

Compartilhe agora com seus amigos