Sindicato debate a reestruturação da ECT, vê incertezas e definirá ações

Notícia publicada dia 23/02/2015 13:22

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O representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da ECT, Marcos Cesar, apresentou uma síntese da sua atuação e falou sobre a reestruturação da empresa para a Diretoria do Sindicato, em reunião no dia 20 de fevereiro. Ficaram muitas dúvidas sobre o futuro da empresa e dos direitos dos ecetistas…

Correiospar charada

Marcos cesarA explanação de Marcos Cesar foi feita a pedido da Diretoria do Sindicato, que está estudando a reestruturação e a implantação do Correios Par para afastar as duvidas e as definir ações políticas e sindicais necessárias.
A princípio, Marcos apresentou dados sobre sua participação no Conselho de Administração da empresa. A ata da última reunião do Conselho mostra que todos os questionamentos e solicitações feitos na reunião partiram dele. Sua intervenção se deu sobre temas como o Postalis, o aumento das tarifas, o PCCS e a contratação de trabalhadores. Ele procurou mostrar a importância de um Conselheiro dos Trabalhadores que os represente com responsabilidade e conhecimento de causa.

Reestruturação carregada de dúvidas

Ao abordar a reestruturação da empresa, Marcos lembrou a Medida Provisória 532, aprovada em 2011, que alterou o estatuto dos Correios e deu a base para a reestruturação agora em andamento, sob a ótica da necessidade de criar novos negócios como resposta à crise do setor postal de responsabilidade, sobretudo, de novas tecnologias da comunicação, como a internet.
Essa MP abriu aos Correios a possibilidade de atuar em outras áreas além da postal, inclusive internacionalmente, através da criação de subsidiárias ou da participação em empresas já constituídas através da compra de ações – as chamadas coligadas.
Os dividendos dai oriundos devem se somar aos lucros dos Correios, ampliando-os e aumentando o investimento nos serviços sociais prestados pela estatal. Essa era, segundo Marcos, a teoria por trás da medida.
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No início do processo, a direção da empresa e o Grupo de Trabalho constituído para pensar a reestruturação decidiram investir em novos negócios prioritariamente pela aquisição de ações de empresas já constituídas, que assim tornam-se coligadas . A criação de subsidiárias ficou em segundo plano, uma vez que criar uma empresa deste tipo é quase como montar um novo departamento na ECT.

A Correios Par foi a única subsidiária criada. Ela funciona como um departamento dos Correios, pois como parte da estrutura da empresa, se subordina à sua direção. O papel da Correios Par é elaborar estudos e encaminhar a aquisição e o gerenciamento das empresas coligadas.
A primeira dúvida que surge é quanto ao tipo de empresa coligada que será adquirida. Poderá ser uma que faz um tipo de serviço que a ECT faria tranquilamente com seus funcionários? Nesse caso, o crescimento dos negócios, do faturamento e da oferta de empregos seria prejudicado. E não há garantias quanto à preservação dos direitos da categoria, reajustes salariais e melhorias nos benefícios.

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Diretoria ampliará o debate

A partir da explanação do Conselheiro e das inúmeras dúvidas surgidas, a Diretoria do Sindicato aprofundará o debate.
O objetivo é ampliar o entendimento sobre o processo de reestruturação e sobre o funcionamento da Correios Par para definir, junto à categoria, as ações a serem tomadas.

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