Todas na rua neste domingo, dia 8 de março para avançar na igualdade de direitos para as mulheres

Notícia publicada dia 03/03/2015 22:48

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O ato das mulheres em São Paulo neste domingo (8) – Dia Internacional da Mulher – promete levar milhares de pessoas, comprometidas com a causa da igualdade de direitos, para as ruas da metrópole. A concentração acontece no Vão do Masp, na Avenida Paulista, a partir das 10h. “Estaremos nesse ato defendendo mais respeito às mulheres em todos os seus direitos como o de poder decidir sobre suas vidas, sem serem molestadas”, realça Ivânia Pereira, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB.

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Ela ressalta que “apesar dos muitos avanços, principalmente nos últimos 12 anos, as mulheres ainda ganham 30% a menos que os homens, além de sofrerem assédio no trabalho, no transporte público e na rua”. A bancária sergipana destaca os avanços das questões para a emancipação feminina no país, mas ressalva que ainda há muito por fazer. De acordo com ela, pesquisas recentes mostram dados alarmantes. Os levantamentos apontam que 3 a cada 5 mulheres já sofreram violência, em 70% dos casos dentro dos próprios lares. Mais de 50 mil foram estupradas em 2014 e todos os dias mulheres são assassinadas por questões de gênero.

Ato 8 de marco - dia internacional da luta das mulheres_2015

Luta e tristeza marcam 8 de Março

“A sociedade machista vê a mulher como propriedade privada”, diz Ivânia Pereira.

Por isso, “se faz necessário ensinar as pessoas a respeitarem umas às outras e isso só pode ser feito com um amplo trabalho de educação que envolva todas as instituições”, defende Ivânia. “O movimento sindical pode elevar esse paradigma levando para as ruas todos os dias as bandeiras da igualdade de direitos e do resepeito ao próximo”, preconiza. “Já conquistamos a Lei Maria da Penha que tem produzido efeitos importantes, assim como o Disque 180 e o Programa Mulher, Viver Sem Violência, do governo federal, que criou a Casa da Mulher Brasileira, mas precisamos avançar”, diz.

O Brasil é o sétimo país no ranking da violência contra a mulher. Para Ivânia, é uma questão cultural que se combate com políticas públicas abrangentes, que propiciem espaço para todas e todos, sem distinção. “Só não pode haver espaço para a violência e para o ódio”, reforça. “As mulheres vão para as ruas neste 8 de março, no Brasil todo, para mostrar que querem mais liberdade, mais democracia, mais justiça, em suma querem fazer valer a voz feminina nas decisões que afetam a vida das brasileiras e brasileiros”, acentua.

reuniao Mulheres CTB

Da esquerda para a direita: Elaine (Unegro), Arlete (SINTECT/SP), Celina (CTB Nacional), Andrea (Sind. dos Bancários), Maria (UJS), Marcia (CTB Nacional, ) Rozina (UBM) e Paulete (Unegro)

Serviço

Ato em São Paulo

Dia Internacional da Mulher – Domingo (8), às 10h

Concentração no Vão do Masp – Avenida Paulista

Por Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB

Depoimentos:

Arlete

“O dia 8 de março, além de comemorarmos o Dia Internacional da Mulher, é também o dia de irmos às ruas reivindicar nossas bandeiras de luta, que não são poucas. Temos que combater a desigualdade social, e queremos também igualdade de direitos e oportunidades. Mulheres ocupando espaços no poder para continuar a luta, e garantir que direitos não se retirem, e sim se ampliem. O Brasil precisa de várias reformas, e a primeira é a Reforma Política Democrática” – Arlete Miranda – Diretora de Mulheres do SINTECT/SP.

 

 

Silvana

“Ficou para trás o tempo em que lugar de mulher era dentro de casa “pilotando fogão”. Depois de anos de luta em defesa da igualdade de direitos, acesso à educação, trabalho e liberdade de escolha, as mulheres estão ganhando cada vez mais espaço no mercado e mostrando que também sabem empreender, defender seus direitos conquistados e lutar pelos direitos que ainda não possuem, um grande exemplo disso é o ato que será realizado neste 8 de março” – Silvana Azeredo – Diretora de Saúde e condições de trabalho do SINTECT/SP.

Marta Custodio - Diretora de Base

Mulheres fracas, fortes. Não importa. Mulheres mostram que mesmo através da fragilidade são fortes o bastante para erguerem sempre a cabeça sem desistir, pois sabemos que somos capazes de vencer, e a mulher ecetista cumpre um papel fundamental nesta luta pelos direitos das mulheres e igualdade. – Marta Custódio – Diretora de base do SINTECT/SP

TODAS NA RUA NESTE DOMINGO!

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