Não à mensalidade no convênio médico

Notícia publicada dia 03/04/2017 18:02

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Proposta da ECT é chantagem e assalto sobre os trabalhadores

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A direção da ECT estava, até 31 de março, querendo impor mensalidade no convênio médico para toda a categoria. Agora mudou para uma proposta confusa, que impõe a mensalidade aos dependentes e uma suposta diminuição do valor, se houver lucro. E disse que quer continuar a negociação a a partir desse patamar.

Isso não é negociação, porque:

– Querem que os trabalhadores entrem na discussão aceitando de antemão que vão perder algo;

– a fórmula proposta é: o trabalhador cede, a empresa tira; o trabalhador perde, a empresa ganha;

– é chantagem, porque a empresa, com o argumento de déficit financeiro, diz que ou o trabalhador aceita perder, ou tudo vai piorar;

– é assalto, porque é imposição sobre o trabalhador;

– divide a categoria entre os que tem dependentes e os que não tem, para enfraquecer a luta (nesse caso chamamos a solidariedade entre os companheiros, pois quem não tem dependente hoje, poderá ter amanhã).

Que projeto é esse?

A direção empresa só fala em cortar despesas, tirar direitos da categoria, demitir e diminuir o tamanho da ECT. O plano é claro: é enxugar a empresa, cortando funcionários, benefícios e salários, torná-la altamente rentável e atrativa e aí……  privatizar.  Enquanto não chegam lá, já vão diminuindo o atendimento à população e abrindo o mercado postal para a expansão das multinacionais do setor.

A situação é inconciliável. Porque enquanto eles querem isso, os trabalhadores dos Correios querem um Correio de qualidade, forte e atendendo toda a população, com a credibilidade que sempre teve.

Todos na luta! Vamos preparar a greve geral da categoria em todos os setores! Essa é a única forma de defendermos nossos empregos, direitos e o Correio Público de qualidade.

Além disso o SINTECT-SP reafirma a decisão tomada na grande assembleia do dia 14 de março, quando a categoria rejeitou a cobrança no convênio médico e aprovou a paralisação de 24 horas no dia 15, que envolveu mais de 8.000 ecetistas:

-Não aceitamos a cobrança de mensalidade no convênio médico em nenhuma hipótese;

-Exigimos a fim do DDA, do OAI, dos SDs maquiados e do fechamento de agências;

-Exigimos a implantação imediata da entrega matutina, a realização de concurso e a contratação de trabalhadores.

-Exigimos o retorno da gestão do convênio médico para o RH da ECT e melhorias e ampliação da rede conveniada e a volta dos ambulatórios.

-Que 10% do faturamento da ECT seja destinado às despesas com saúde de seus funcionários, para financiar a assistência médica e odontológica.

-Se a empresa encaminhar essa história da demissão motivada, vamos desencadear a maior luta da história da categoria em defesa dos nossos empregos e dos Correios!

Exigimos alternativas concretas para recuperar a empresa e torna-la forte, como:

-Investimento governamental na empresa, com devolução dos R$ 6 bilhões desviados indevidamente dos cofres dos Correios nos últimos anos;

-Investimento para solucionar o problema da violência e dos assaltos, para que a ECT volte a atender toda a população com qualidade, pare de gastar com indenizações por extravio e falta de entrega, e pare de abrir espaço para a concorrência;

-Fortalecimento da entrega de encomendas;

-Manutenção das agências e distribuição em todos os municípios do território nacional;

-Estudo e criação de novos negócios que fortaleçam a empresa, com participação dos trabalhadores;

-Contratação de trabalhadores para atender a demanda total.

Contra as privatizações! Nenhum direito a menos! Fora Temer, Kassab e o presidente dos Correios, Guilherme Campos! Por um Correio público e de qualidade!
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