Correios atrasam repasse ao Postalis e colocam aposentadoria complementar da categoria em risco
Notícia publicada dia 04/06/2025 20:43
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Não é só o repasse da Postal Saúde que a direção da empresa está devendo. A contribuição da patrocinadora ao Postalis também está sob calote e, se persistir, colocará em risco a capacidade de pagamento dos benefícios e poderá resultar em mais descontos para os trabalhadores.

Em meio a enorme crise que atinge a empresa, a Agência Nacional de Aviação Civil, Anac, suspendeu todas as operações de transporte aéreo dos Correios a partir do dia 4 de junho devido ao não cumprimento de normas sobre transporte irregular de produtos perigosos.
Transparece que a direção da empresa não se mexe para resolver os problemas econômicos e recuperar receitas. E quando faz alguma coisa, é para piorar. Como falar em redução salarial e a decisão inaceitável e ilegal de suspender férias dos trabalhadores, medida que o Sindicato barrou na justiça.
Causa enorme estranheza que, ao mesmo tempo em que ataca a categoria e suspende repasses sob alegação de dificuldades financeiras, os patrocínios milionários são mantidos e a direção da empresa se dá ao luxo de abrir licitação, com valor em sigilo, para fornecer veículos luxuosos a diretores, com motorista e combustível inclusos.
Enquanto isso, a operacionalidade da empresa vai de mal a pior. O Sindicato tomou conhecimento e verificou que há estoques de paletes com encomendas que não estão sendo entregues, o que tem gerado milhares de reclamações dos clientes. Essa culpa não são dos trabalhadores que carregam a empresa nas costas!
Em vez de buscar formas de melhorar o atendimento e recuperar a empresa, sua direção a deixa afundar ainda mais em sucateamento, perder cada dia mais a confiança da população e ceder passivamente espaço no mercado postal e logística para a concorrência privada.
O governo Lula, quando assumiu, teve a postura louvável de tirar o Correio da lista de desestatização (privatização). Mas a atual direção dos Correios falha em não estancar o sucateamento promovido pelo governo anterior, que queria desvalorizar e vender a empresa por baixo custo.
A pergunta é: aonde a direção da ECT quer chegar?