A Folha de SP, uma empresa privada, distorce fatos para defender a privatização dos Correios

Notícia publicada dia 10/09/2025 18:26

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Privatizar os Correios é entregar uma parte da segurança e do bem-estar da população para interesses privados, que só visam ao lucro, e dar condições para ampliar a exploração econômica do país.

Os veículos de comunicação (Globo, Folha, Estadão etc.) são empresas privadas. Não é de estranhar que defendam os interesses de empresários, como a privatização de estatais e serviços públicos para ampliar lucros privados e outras medidas do projeto neoliberal.

A folha de São Paulo deu uma aula sobre isso no dia 8/9. Em editorial (opinião), defendeu a privatização dos Correios com argumentos distorcidos e informações que não correspondem à realidade das empresas.

Mostrou que a isenção da imprensa é um mito, uma farsa para enganar os desavisados, e que a checagem dos fatos não se aplica quando o que se quer é expor uma ideologia, defender uma política ou um projeto que favorece poucos, não toda a sociedade.

A destruição dos Correios vem de longe

De forma apressada, ansiosa com muitos adjetivos pejorativos, a Folha afirma que a deterioração da ECT é obra de gestão perdulária e centrou em ataques na atual, desconsiderando todo um passado de má administração e, o que é pior, de direcionamento deliberado a sucatear, inviabilizar, destruir os Correios e prepará-lo para a privatização.

Não que a atual diretoria seja santa. Apesar de o governo Lula ter parado o caminho privatista das gestões anteriores, nada foi feito, nem pelo governo nem pela direção da ECT, para reestruturar e recuperar os Correios e colocá-lo na trilha do fortalecimento, da modernização tecnológica, da ampliação de serviços.

O presidente dos Correios falou, em várias ocasiões, em modernizar a ampliar a frota, em inaugurar e fazer funcionar e crescer um marketplace próprio, em abrir concurso e contratar funcionários, em melhorar as agências e demais setores de trabalho, em fazer crescer a inserção dos Correios na telefonia, em banco postal e outras medidas necessárias. Mas nada vingou.

Correio forte ou privatização?

A quem interessa a privatização dos Correios? Aos setores empresariais ávidos por dominar o setor e ampliar seus lucros. Desmembrar a empresa, como defende a Folha, em atividades de entrega de encomendas e logística (e privatizar) e manter os serviços de correspondência na estatal acabaria com qualquer possibilidade de subsídio cruzado e seria um crime contra os direitos da população.

Setores empresariais garantiriam o atendimento universal? Contemplariam as periferias e os sertões e rincões do país da mesma forma que os locais nobres e lucrativos? Garantiriam a inviolabilidade e a segurança de correspondências, encomendas e, principalmente, de documentos oficiais? Da mesma forma, a distribuição de medicamentos, urnas eleitorais, livros didáticos? E com custos adequados para o governo?

Claro que não. Só uma empresa estatal faz isso. Por isso os Correios têm de ser público e estatal. O governo tem que fazer aporte sim, porque o dinheiro é do povo, e recuperar e melhorar os Correios é um bem para toda a população e para o país.

Correio tem de ser estatal!

Um correio forte é um suporte para a defesa da soberania nacional. Pela capilaridade, pela capacidade logística, pelo conhecimento único do território nacional, porque pode garantir o direito de todo o povo do país à inserção e à comunicação postal.

Entregar isso para empresas privadas, ainda mais se forem internacionais, é entregar uma parte da segurança e do bem estar das pessoas para interesses privados, que só visam ao lucro. É dar condições para setores privados explorarem economicamente o país.

Por esse motivo, e vários outros, a maioria dos países que privatizou os serviços postais voltaram atrás.

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