25 de Julho: Mulheres Negras seguem liderando as lutas contra o racismo e por justiça social

Notícia publicada dia 25/07/2025 13:43

Tamanho da fonte:

O SINTECT-SP celebra o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e o Dia Nacional de Tereza de Benguela, reafirmando o papel das mulheres negras na resistência e no sindicalismo

O dia 25 de julho marca duas datas fundamentais para a luta das mulheres negras: o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e o Dia Nacional de Tereza de Benguela, líder quilombola símbolo de resistência contra o escravismo no Brasil.

Tereza de Benguela foi uma mulher negra que viveu no século XVIII e liderou, por mais de 20 anos, o Quilombo do Quariterê, localizado no atual estado do Mato Grosso. Após o assassinato de seu companheiro, ela assumiu a liderança do quilombo, organizando a produção, criando um sistema político próprio e resistindo ao regime escravocrata por décadas. Sua trajetória inspira até hoje a luta das mulheres negras por liberdade, autonomia e justiça.

A data internacional foi estabelecida em 1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, realizado na República Dominicana. Desde então, o 25 de Julho tornou-se um símbolo de resistência das mulheres negras em todo o continente, com destaque para o combate ao racismo, à opressão de gênero, à violência e às desigualdades sociais.

No Brasil, as mulheres negras estão entre as mais afetadas pelas desigualdades, mas também são protagonistas na linha de frente das lutas sociais, políticas e sindicais. Para a secretária de mulheres do SINTECT-SP, Michele Souza, esta data é um momento de visibilizar essas lutas e reafirmar compromissos:

“As mulheres negras estão na base dos serviços essenciais, enfrentam os piores salários e condições de trabalho, mas também lideram movimentos e transformam a sociedade. O 25 de Julho é o reconhecimento da nossa força, da nossa ancestralidade e da nossa luta constante por dignidade e igualdade.”

A diretora Francisca Idalina destaca que o fortalecimento da participação das mulheres negras nos espaços de decisão sindical é essencial:

“Não é possível falar de transformação social sem ouvir as mulheres negras. É preciso garantir espaço, voz e respeito dentro das estruturas sindicais, porque somos nós que carregamos o peso da luta todos os dias nas unidades e nas periferias.”

Já a diretora Silvana Azeredo enfatiza que o combate ao racismo deve ser uma tarefa coletiva e cotidiana:

“A luta antirracista precisa ser assumida por todos os setores. Não basta discurso, é necessário ação, formação e mudança nas práticas institucionais. O sindicato deve ser um espaço seguro e atuante na defesa das trabalhadoras negras.”

Neste 25 de Julho, o SINTECT-SP reafirma seu compromisso com a luta das mulheres negras, com o enfrentamento do racismo estrutural e com a construção de uma sociedade mais justa, onde o trabalho e a dignidade sejam reconhecidos e respeitados.

Compartilhe agora com seus amigos