Boletim DIEESE analisa situação das mulheres no mercado de trabalho

Notícia publicada dia 09/03/2023 09:49

Tamanho da fonte:

Divulgado no dia 6 de março, o boletim traz dados sobre a inserção das mulheres no mercado de trabalho e aponta avanços e dificuldades.

Com infográficos ilustrados e explicativos, o boletim o boletim mostra as mulheres no mercado de trabalho por estados e por setor (administração pública; agropecuária; comércio e reparação; educação, saúde e serviços sociais; indústria e construção; serviços domésticos; e outros serviços).

Mulheres na luta

Maioria da população, as mulheres ainda estão sub-representadas nos espaços políticos e de poder. Isso dificulta a criação de debate legislativo e a aprovação de políticas públicas relacionadas às questões femininas.

Nas eleições de 2022, mesmo com o aumento das candidaturas femininas – 33,3% de registros a mais nas esferas federal, estadual e distrital, segundo a Agência Senado -, apenas 302 mulheres, no total, conseguiram se eleger para a Câmara dos Deputados, o Senado, Assembleias Legislativas e governos estaduais, enquanto o número de homens eleitos chegou a 1.3941 .

A baixa participação das mulheres na política e nos espaços de liderança inviabiliza as pautas temáticas sobre gênero, dificultando mudanças.

É necessário criar condições objetivas de participação feminina em todos os espaços de atuação, que levem em conta horários e a vida familiar, a maternidade, sem que as mulheres sejam obrigadas a escolher entre carreira, política ou família.

Mais violência e feminicídio

Quando se fala em violência, conforme dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma mulher foi assassinada a cada 6 horas apenas no primeiro semestre de 2022.

Os dados condizem com a redução de atenção e investimentos pelo Ministério das Mulheres do governo anterior.

No total desse período, 699 mulheres foram mortas em situações de violência doméstica ou devido a questões que envolvem desdém ou discriminação à condição de mulher, crime denominado de feminicídio.

São assassinatos cometidos por questões de poder, de misoginia, de não aceitação da mulher em outro papel que não seja aquele desenhado historicamente para ela pelo sistema social. Crimes praticados, majoritariamente, por companheiros ou conhecidos das vítimas.

Os dados de sub-representação e violência somam-se aos problemas vivenciados por elas no mercado de trabalho, a maioria relacionada à falta de equidade de gênero, questões que serão analisadas nesse boletim, para o 3o trimestre de 2022.

Clique Aqui e acesse o boletim Diesse completo

Compartilhe agora com seus amigos