Brasil volta ao G7 após 14 anos e defende mudanças na ordem mundial

Notícia publicada dia 23/05/2023 10:17

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● Mesmo antes do ex-governo extremista, o Brasil não era convidado a participar da cúpula anual do G7, grupo que reúne as principais economias do planeta destinado a debater e procurar soluções para problemas econômicos mundiais.

Foto: Ricardo Stuckert (PR)

● Depois de apenas 5 meses de governo, o Presidente Lula foi convidado e teve espaço para sem pronunciar. Não teve dúvidas e denunciou o fracasso das potências em lidar com as crises internacionais, a cegueira diante das necessidades reivindicações dos países emergentes e pobres e fez uma defesa veemente por uma nova forma do sistema internacional.

● Para ele, retrocessos estão sendo permitidos, um pequeno número de países sequer tem a legitimidade de definir o destino da humanidade, e está na hora de uma “nova mentalidade” para governar o mundo.

● Parte do discurso na cúpula: “O sistema financeiro global tem que estar a serviço da produção, do trabalho e do emprego. Só teremos um crescimento sustentável de verdade direcionando esforços e recursos em prol da economia real”. “Desemprego, pobreza, fome, degradação ambiental, pandemias e todas as formas de desigualdade e discriminação são problemas que demandam respostas socialmente responsáveis”. E defendeu um “Estado indutor de políticas públicas voltadas para a garantia de direitos fundamentais e do bem-estar coletivo”.

Liderança

Lula embarcou para o Japão para participar da cúpula anual do G7 já tendo assumido responsabilidade de dialogar sobre tentativas de paz para o conflito na Ucrânia, ainda buscando retomar a liderança no debate ambiental e querendo reassumir a posição brasileira de porta voz dos países em desenvolvimento.

Nesse sentido, antes da Cúpula, já iniciou sua extensa agenda de encontros bilaterais reunindo-se com o presidente da Austrália. Seguindo o modelo que vem implementando, uma de suas pautas principais foi a busca de investimentos australianos em projetos relacionados ao meio ambiente no Brasil, especificamente sobre a produção de energia verde no Ceará.

Em encontro com o Primeiro-Ministro do Japão, Fumio Kishida, discutiu temas como a expansão dos fluxos bilaterais de comércio e investimentos, cooperação na área de descarbonização, e integração da comunidade brasileira no Japão.

Lula também teve encontros com Joko Widodo, Presidente da Indonésia, com a Diretora-Geral do FMI, Kristalina Georgieva, Emanuel Macron, presidente da França, e Olaf Scholz, primeiro-ministro da Alemanha, a primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, todos para discutir parcerias comerciais, questões de ambiente, mudanças climáticas, financiamento, agricultura, indústria, tecnologia e áreas de potencial cooperação.

De forma geral, Lula teve, e aproveitou bem, a oportunidade de dar mais um passo para cumprir seus objetivos relacionados à política externa. É bom voltar a ver o Brasil sendo respeitado internacionalmente, tendo voz e angariando parceiros para auxiliar o desenvolvimento econômico local, com melhorias para o povo.

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