Uma nova onda de denúncias revela que o CDD Brooklin Paulista sofre com problemas semelhantes aos das demais setores.

Os trabalhadores relatam uma série de desafios, incluindo a falta de funcionários, a precarização das condições de trabalho e a negligência com a manutenção predial.

Mas tem um agravante nesse setor, que é a prática antissindical da gestão!

Desde o governo Bolsonaro, a unidade tem sido vítima de completo abandono, impactando diretamente o dia a dia dos trabalhadores. Pisos esburacados, falta de manutenção no prédio e a triagem sendo realizada no andar superior, que força os trabalhadores a subirem escadas com caixetas para desempenhar suas atividades. Esses são apenas algumas das condições desumanas enfrentadas pelos funcionários desse setor.

Antitrabalhador e antissindicato

Além disso, a gestão reincidente, com resquícios das práticas antitrabalhador do período bolsonarista, foi responsável por um episódio lamentável.

Há poucos dias, durante uma visita do Sindicato para distribuir informativos e convocar os trabalhadores para a Assembleia, a gestão do CDD Brooklin Paulista tentou restringir o diálogo sindical com os trabalhadores ao impedir a distribuição dos jornais e afixação do boletim no quadro de aviso.

Essa prática inaceitável cerceia a liberdade de expressão e compromete os direitos sindicais dos trabalhadores. Situação que também ocorreu durante as eleições da nova diretoria do sindicato em julho de 2022.

Naquela ocasião, o CDD Brooklin Paulista, foi a única unidade na Zona Sul em que as urnas não puderam entrar no setor de trabalho para que os trabalhadores fizessem a votação. Mesmo assim, a categoria mostrou determinação e votou do lado de fora, fazendo valer o seu direito de liberdade sindical e de representatividade.

Por respeito e democracia

O Sindicato exige uma resposta urgente às denúncias e cobra providências imediatas para corrigir os problemas no CDD Brooklin Paulista e em outras unidades afetadas por descasos, arbitrariedades e autoritarismo.

É hora de acabar com a precarização e garantir que os trabalhadores possam exercer suas atividades com dignidade e respeito aos seus direitos.

A diretoria do SINTECT-SP cobra uma ação urgente para pôr fim a essa gestão reincidente que negligencia seus deveres com os trabalhadores dos Correios.