Após presidente dos Correios suspender o trabalho remoto, empresa derruba decisão do Sindicato que garantia medida protetiva aos trabalhadores

Notícia publicada dia 31/05/2020 13:29

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A ECT, através do seu presidente, revogou o trabalho remoto para os coabitantes e trabalhadores com filhos menores a partir de 01/06/2020 e, além disso, entrou com um mandado de segurança e conseguiu uma liminar no tribunal derrubando a decisão concedida ao nosso Sindicato que mantinha o direito dos que coabitam com pessoas do grupo de risco e crianças em idade escolar e creche e lactantes de se manterem em trabalho remoto.

Com isso, a permanência dos trabalhadores no trabalho remoto ficou comprometida. Com exceção dos companheiros que estão no grupo de risco, os demais terão de retomar ao trabalho presencial.

Há muitos homens prejudicados, mas a maioria são mulheres ecetistas.

A falta de sensibilidade dos governos e da empresa com elas é enorme, pois são as principais responsáveis pelo cuidado de filhos em idade escolar e lactantes, que estão em casa enquanto as escolas estão fechadas, e de pais e mães doentes e idosos.

Todos terão de se virar com os filhos pequenos. Muitos terão de deixá-los sozinhos trancados em suas residências. E correrão o risco aumentado de adoecerem a si próprios e aos filhos e demais pessoas do grupo de risco com que coabitam.

Quem vai ser responsável por isso?

O presidente da empresa, GERAEs ou gerentes que exigirem o retorno aos setores em pleno avanço da pandemia?

É um absurdo imenso e o Sindicato continuará na luta para garantir o direto dessas trabalhadoras e trabalhadores ao trabalho remoto, e também para responsabilizar os que estão à frente das medidas desumanas que atacam esse direito.

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