Enquanto os Correios não medem esforços para patrocinar eventos esportivos, a Empresa nem sequer apresenta uma proposta de PLR digna para os trabalhadores

Notícia publicada dia 23/06/2015 16:41

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Os correios alegam prejuízo, mas usam quase 9 milhões de reais com patrocínio esportivo para salvar uma confederação de basquete, enquanto os trabalhadores da empresa seguem sem receber a PLR

Unidades continuam com graves problemas estruturais, a questão do rombo no Postalis e a falta de concurso público desde 2011 são fatores que vêm gerando diversos casos de afastamento médico devido ao excesso de trabalho.

Essa novela se repete, lembrando que ano passado (clique aqui e leia a matéria sobre a greve por PLR 2014) foi realizada uma grande greve para obrigar a ECT a apresentar uma proposta 300% acima do valor inicialmente proposto. A empresa já assinou um acordo para o pagamento dos lucros e resultados, mas até agora nenhuma proposta de valores foi apresentada.

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Caso a ECT não apresente uma proposta convincente e uma data concreta para pagamento, os trabalhadores dos Correios novamente irão à luta para fazer valer o seu direito. Exigimos que investimentos com peso equivalente sejam feitos pela empresa para patrocinar o time de maior importância para o país, o dos milhares de trabalhadores dos Correios de todo o país.

Veja abaixo a matéria na íntegra no portal UOL:

Governo articula ajuda financeira dos Correios ao basquete brasileiro

O governo já sabe como ajudar à CBB (Confederação Brasileira de Basquete) a superar sua crise financeira. O Ministério do Esporte está intermediando negociações entre os Correios e a entidade que controla o basquete nacional para tentar garantir que as seleções brasileiras do esporte participem da Rio-2016. Por causa de uma dívida da CBB, a Fiba (Federação Internacional de Basquete) quer cortar as vagas de país-sede do Brasil na Olimpíada e forçar a participação das equipes em pré-olímpicos.

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O governo federal, entretanto, confia que os débitos serão pagos. Isso porque os Correios estão em discussões avançadas com a CBB para um novo contrato de patrocínio da entidade. A informação foi relevada pelo próprio ministro do Esporte, George Hilton, durante conversa com jornalistas na segunda-feira (22). “Os Correios, agora, estão ajudando“, adiantou Hilton.

Das grandes confederações olímpicas (incluindo, vôlei, natação, judô, e tênis) do país, a do basquete é a única que não possui patrocínio estatal. Até 2013, a CBB era apoiada pela Eletrobras. No final daquele ao, porém, o contrato com a estatal de energia terminou e não foi renovado por iniciativa da companhia.

Desde então, a confederação vem mantendo-se com aportes do Bradesco e a Nike – outros patrocinadores da CBB. O dinheiro, contudo, não tem sido suficiente. Por isso, a confederação atravessa grave crise.

A dívida da entidade chegou a R$ 8,7 milhões, incluindo empréstimos de milhões a serem pagos e déficit acumulado de R$ 10,6 milhões, segundo balanço patrimonial publicado no mês passado. Sem dinheiro, a CBB não tem conseguido arcar com seus compromissos. Em reportagem de março, o UOL Esporte revelou que a CBB (Confederação Brasileira de Basquete) ainda tinha abertas duas parcelas do valor total de US$ 1 milhão (cerca de R$ 3,25 milhões) que se comprometeu a pagar à Fiba (Federação Internacional de Basquete) em troca da vaga na Copa do Mundo da Espanha de 2014, na qual a seleção terminou no sexto posto.

Na segunda, a Fiba anunciou que o Brasil só terá direito aos dois lugares tradicionais dados para a nação sede dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro desde que quite seus compromissos até o dia 31 de julho. Se isso não for feito, as seleções de basquete do país (masculina e feminina) terão de disputar as vagas em torneios pré-olímpicos. Assim, se não forem bem, ficariam fora da Rio-2016.

Em comunicado oficial postado em seu site, a CBB reconheceu a dívida, mas disse que propôs à Fiba um parcelamento dos vencimentos. Até agora, não obteve resposta da entidade internacional.

Questionada sobre o patrocínio, a CBB admitiu conversar com os Correios, mas disse que nenhum contrato foi assinado até agora. Os Correios também confirmaram a negociação em comunicado. “Os Correios e a Confederação Brasileira de Basquete estão em negociação a respeito do patrocínio à modalidade.”

Fonte: Uol

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