Falta de funcionários piora as condições de trabalho e empurra a categoria para a luta

Notícia publicada dia 02/03/2024 10:27

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A falta de funcionários mantida e cultivada pela direção da ECT está trazendo enormes dificuldades para os trabalhadores e para a própria empresa, que esconde a realidade e força os trabalhadores a assumir uma carga de trabalho extremamente excessiva.

Chefias e gerências usam várias formas para criar uma realidade paralela, mais falsa que nota de 3 reais, para esconder os diversos problemas criados pela enorme defasagem no quadro de funcionários.
Nesses 13 anos sem concurso público, as entregas de encomendas se tornaram o carro chefe da empresa, criando uma demanda enorme que exige mudanças estruturais, como mais funcionários e melhorias nos transportes, na logística e tecnológicas.

Mas o que se vê, infelizmente, são as unidades de trabalho esvaziadas, bancadas sem carteiros e as cartas paradas, a triagem sendo feita por 4 trabalhadores quando na realidade teria de ser 20, além do uso da terceirização, que não dá conta da demanda de trabalho por ser insuficiente e inadequada no treinamento e na permanência necessária para conhecer o trabalho e adquirir experiência.

Serviço parado e reclamações

Os resultados disso são os setores abarrotados, com serviço acumulado e parado, maquiagem de informações pelas chefias, principalmente nas TVs que estão nas unidades mostrando resultados de uma realidade que não existe, clientes descontentes e revoltados com cartas e encomendas que atrasam e não chegam, setores com número insuficiente de carteiros para a quantidade de distritos obrigando a realização de dobras pesadas e excessivas, trabalhadores com dificuldades para realizar as entregas e sofrendo com as reclamações dos clientes, entre outros problemas graves.

Concurso e contratação já

A necessidade de contratações é urgente em todas as regiões. Mas a direção da empresa fecha os olhos para a falta de funcionários e força a barra para cada trabalhador fazer o serviço de 3 ou mais. É desumano e inaceitável.

Enquanto a direção da ECT segue aplicando a cartilha do capitalismo selvagem, esfolando e precarizando os trabalhadores e prejudicando a população, outros órgãos públicos e empresas estatais com menos necessidade já publicaram editais para seus concursos públicos.

Será que isso quer dizer que os atuais dirigentes e governantes consideram os trabalhadores dos Correios o quê?

O fato é que estão criando uma situação cada dia mais insustentável, que gera fadiga, doenças e muita revolta. O resultado, caso a situação não mude e concurso e contratações não aconteçam, só pode ser a luta dos trabalhadores, inclusive com greve, que já está mais do que madura.

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