Gestão operacional assedia categoria com imposição abusiva de trabalho extra e processo administrativo

Notícia publicada dia 27/04/2021 18:58

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Sem concurso e contratação desde 2011, o efetivo da ECT está muito defasado, por isso sobra serviço, sobrecarga, metas abusivas, estresse e adoecimento para os trabalhadores, situação piorada ao extremo com as constantes convocações para trabalho extra em finais de semana e feriados.

A Gestão Operacional na zona sul de forma totalmente assediadora está tentando obrigar o pessoal a trabalhar direto, praticamente sem descanso, sem folga, sob ameaça de punição passou processo administrativo aos trabalhadores, atitude autoritária e abusiva que configura assédio coletivo.

Seguindo a cartilha do governo Bolsonaro, a gestão operacional está convocando os ecetistas para trabalho aos domingos e feriados. E não dá ao pessoal o direito de estar cansado e simplesmente não querer ir, porque ameaça com a imposição de Termos de Ajuste de Conduta e SIDs.

Não é de hoje que a direção da ECT e a gestão operacional na zona sul estão fora dos eixos, devendo ajustar sua conduta errada, autoritária e abusiva. Ao tirar o direito ao descanso semanal remunerado à força, ela está esfolando e acabando com a saúde e o bem-estar dos trabalhadores.

E isso em plena pandemia. Além de obrigar os ecetistas a trabalharem direto, sob risco de contrair o vírus no exercício do trabalho, adoecer e morrer e com todo o estresse e fadiga que essa situação provoca, ainda faz o pessoal trabalhar direto, sem sequer folgar.

Pressão e assédio

Portanto trata-se de uma situação de pressão, de imposição ilegal de horas extras em finais de semana e feriado sobre os trabalhadores. É assédio moral e constrangimento ilegal imposto pela direção da empresa, para remediar uma situação criada por ela própria, com a falta de contratações desde 2011, os PDIs e PDVs e a não reposição das vagas dos aposentados.

A defasagem que ela provocou no quadro de funcionários é enorme. Hoje a ECT tem cerca de 30 mil empregados a menos do que há 10 anos. Essa destruição de um plantel altamente profissionalizado, competente e dedicado, teve como objetivo reduzir os gastos, mas também derrubar a qualidade dos serviços prestados com a contribuição da gestão operacional para acelerar o desmonte dos Correios.

Sucatear, desacreditar e vender

Na cabeça dos dirigentes da empresa e do governo Bolsonaro, reduzir a presença dos Correios gera descontentamento na população e desacredita a empresa. Acham que, com isso, evitam que os usuários se coloquem contra a privatização. Trata-se de uma fórmula já antiga no Brasil, usada por inúmeros governos para viabilizar a entrega do patrimônio dos brasileiros a empresas privadas.

No caso dos Correios há um ingrediente a mais. Além de enxugar a empresa, reduzir custos e descontentar a população com redução dos serviços, para preparar uma venda ou extinção da ECT, a ação da gestão operacional na zona sul sucateou as unidades de trabalho com prédios totalmente sem condições de trabalho, falta papel higiênico, água, iluminação precária, sem escoltas e abandonando o serviço de cartas previsto na Constituição e direito da população, contribuindo assim para entregar parte substancial do mercado postal às empresas nacionais e estrangeiras do setor de logística e entrega de encomendas.

Para aplicar sua política negacionista e genocida, a direção militar dos Correios conta com a colaboração empolgada da Gestão Operacional. São todos cúmplices das ações dos capitães e generais, e vão responder pelo sofrimento e pelas perdas dos trabalhadores nesse período sombrio, seja para a história, seja para a justiça!

Ação do Sindicato e orientação à categoria

1° Caso receba uma SID referente aos dias dos feriados, dê ciência no documento com a data de recebimento e imediatamente envie ao diretor do Sindicato de sua região para que seja prestado toda assistência do departamento jurídico;

2° Toda pressão, ameaça e assédio para trabalhar aos domingos e feriados deve ser relatada em carta de próprio punho e encaminhada ao Sindicato para que o departamento jurídico anexe aos documentos da propositura de uma ação judicial;

3° Registre sempre uma imagem das convocações da empresa para o trabalho aos finais de semana, feriados e para horas extras e envie ao Sindicato;

4° Os trabalhadores que receberam Termo de Ajuste de Conduta (TAC), a Diretoria do SINTECT-SP orienta que esse documento seja REJEITADO e não seja assinado, e assim evitar criar provas contra si mesmo.

Atenção: Não assine qualquer documento sem consultar o seu Sindicato.

Para o SINTECT-SP, a prioridade é a vida!

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