Greve nos Correios começa dia 18 e será forte, garante liderança

Notícia publicada dia 15/08/2020 10:21

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Com a pandemia e o aumento das vendas on-line, a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) viu crescer seu lucro em 20%. Com o aumento das vendas pela internet, aumentou também a carga dos carteiros e para os trabalhadores do sistema postal.

Diviza diz que até as chefias devem aderir ao movimento

E apesar deste cenário, a empresa corta benefícios e reduz ganhos da categoria. O objetivo? Acabar com a Convenção dos Trabalhadores e promover um desmonte, com vistas à privatização da empresa.

Os 90 mil empregados do setor lutam contra tudo isso.  Para falar sobre a situação, a live da Agência Sindical recebeu quarta (12) Elias Cesário, o Diviza, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Correios de SP (Sintect).

O dirigente explica que em 2019, o TST manteve todas as cláusulas da Convenção, com vigência por 24 meses. Porém, a empresa recorreu ao Supremo, que reduziu pra 12 meses. Desde 31 de julho, carteiros e demais trabalhadores estão sem cobertura da CCT.  “Cortaram vale-alimentação, tiraram o tíquete das férias, entre outros direitos.” O clima é de revolta, inclusive nas chefias. Os dirigentes acreditam que a greve nacional será forte.

Principais Trechos: 

Patrimônio – Defendemos os Correios pra manter o fluxo postal em todo o Brasil, garantir a entrega a todos e defender a soberania nacional. Essa é uma das mais importantes empresas do País.

Convenção –  No TST, a empresa manteve todo o acordo coletivo, mas contestou a validade dele. O acordo acabou dia 31 do mês passado. Em nenhum momento a empresa quis manter os direitos. Cortaram alimentação, alimentação das férias. São 90 mil trabalhadores sem Convenção Coletiva.

Garantias – Eles estão se baseando na CLT. Estão acabando com a Convenção Coletiva e com os trabalhadores em si. A revolta foi geral. Não só dos trabalhadores da base, mas do alto escalão. Somos considerados serviço essencial e esse foi o reconhecimento que a empresa teve: tirar direitos conquistados.

Lucro – Na pandemia, a empresa teve mais de 20% de aumento do seu lucro. A partir do momento que ela passou de Departamento de Correios e Telégrafos (DCT) para Empresa de Correios e Telégrafos, ela não precisou mais de dinheiro da União, ela se tornou autossustentável.

Perdas – Cada trabalhador perdeu R$ 200,00 por mês na alimentação. Sem falar naqueles que saem de férias e agora não terão mais direito de receber esse tíquete. A empresa simplesmente cortou.

Pandemia – A empresa forneceu aos trabalhadores apenas uma máscara para cada e colocava um galão de álcool gel de cinco litros em cada unidade. Quando o correto seria Equipamentos de Proteção Individuais. Se algum caso de Covid-19 fosse constatado, eles não afastavam o trabalhador e nem faziam higienização do local. Só depois que fomos à Justiça que eles começaram a agir da maneira correta. Se não fosse a atuação sindical, estaríamos piores ainda.

Mobilização – Dia 17 teremos assembleia virtual. O trabalhador deve se inscrever no site do Sindicato pra participar. Hoje, até o chefe tá lendo o jornal, porque ele está sendo prejudicado também. Tivemos 25 novas filiações, incluindo do pessoal da chefia.

Greve – Trabalhadores estão com disposição para greve. Esse corte foi apenas uma pequena amostra das maldades da empresa. Existe também a preocupação da privatização dos Correios.

Maiores prejudicados – Estamos há muito tempo tentando fechar uma negociação tranquila, mas a empresa não está olhando por esse lado. A greve agora vai prejudicar as outras empresas e a população em geral.

Visão da empresa – A direção da empresa deveria saber que não precisa de greve. É muito mais fácil manter os direitos dos trabalhadores. Tudo funcionando normalmente. Quem sai prejudicada é a população.

Palavra de ordem – “Não à privatização e todos juntos a favor de nossos direitos”. Juntos, sairemos mais fortes e vitoriosos.

Clique aqui e assista à live na íntegra.

Por: Agência Sindical

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