Categoria mantém estado de greve para fortalecer a organização e a mobilização

Notícia publicada dia 17/08/2021 22:08

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Na assembleia realizada na terça, 17/08, a categoria seguiu a orientação do SINTECT-SP e da FINDECT sobre o encaminhamento da luta da campanha salarial e contra a privatização, pela manutenção do estado de greve e fortalecimento da mobilização.

A maioria dos trabalhadores que votaram, aprovaram a manutenção do estado de greve. O resultado da assembleia foi: 

– 1739 pela manutenção do estado de greve. 

– 174 contrários. 

– 38 votos nulos/abstenção. 

Negociação com mediação do TST 

A decisão da assembleia, orientada pelo Sindicato, é um passo importante na luta contra os ataques da direção da ECT, que quer impor reajuste zero e banco de horas e não retroceder de ataques impostos nos piores momentos da pandemia. 

As representações dos trabalhadores solicitaram a mediação, acatada pela empresa. Ela já está marcada para o dia 19 de agosto e seria contraditório e prejudicial decretar uma greve antes dela acontecer. 

Agora o processo exige ampliação da organização e da mobilização. Se não houver avanço nas negociações mediadas no TST, a categoria terá de inevitavelmente discutir a realização da greve. 

Confira a assembleia na integra:

Luta contra o PL 591 no Senado 

O PL para privatização dos Correios de Bolsonaro, Guedes Pinochet, Faria do baú e Cutrim do presente para entregar a água, passou na Câmara, mas não está nada perdido. 

Ainda é possível reverter a situação. Se for rejeitado no Senado, volta à estaca zero. E as lideranças do Senado já se comprometeram com um trâmite diferente do trator bolsonarista entreguista que Arthur Lira armou na Câmara.  

O PL passará por todas as comissões regimentais e terá audiências públicas no Senado. Haverá debate e tempo para a categoria atuar, entrar em contato com os Senadores, dialogar, explicar e solicitar o voto contrário ao PL 591, que destrói e entrega os Correios. 

É importante também mobilizar a família, os amigos, a comunidade onde mora, os destinatários, os contatos nos grupos do whatsapp e facebook. Quanto mais gente a categoria ganhar para ajudar na campanha, mais forte ela será. 

Além disso, tem a batalha na justiça. O SINTECT-SP e a FINDECT afirmam que o PL 591 é inconstitucional. Ele altera regra da Constituição, e isso só pode ser feito por PEC, Proposta de Emenda Constitucional, que não é o caso do PL 591. 

Nesse sentido, o Sindicato e a federação estão atuando no STF, inclusive apoiando, acompanhando e solicitando ser parte da ADI que lá tramita, aberta pela Adcap e que já conta com vários partidos como participantes. A luta ainda será longa e exige a participação de todos para ser vitoriosa. 

O Sindicato também fez um investimento grande para inserção de denúncias na TV Band, desmentindo as mentiras veiculadas pelo ministro do baú, pelo governo e pela direção da empresa. 

Elas irão ao ar nos intervalos do jornal Brasil Urgente, apresentado por Datena no horário nobre, em cadeia nacional de 23 de agosto a 7 de setembro. O objetivo é furar a bolha, ampliar a audiência e conseguir informar, alertar e mobilizar uma parcela maior da população contra esse crime que o governo e a direção da ECT querem fazer contra o povo trabalhador.  

Convocações aos domingos 

É importante ressaltar que o trabalhador não é obrigado a acatar a convocação para trabalho aos domingos. Mas quem não acatar não deve assinar nada. Os que atenderem a chamada têm direito a 100% de hora extra ou 2 dias de folga. 

Mas o Sindicato entende que, em função da situação vivida pela categoria, é importante que todos não aceitem. 

A direção da empresa, em vez de contratar mais funcionários, sucateia ainda mais e aumenta a exploração sobre a categoria. A convocação aos domingos está nesse contexto. É preciso avançar na resistência a esses absurdos, com iniciativas como horário padrão e recusa ao trabalho extra, por exemplo, e outras formas de luta debatidas com o Sindicato. 

Punição aos punidores 

Na Zona Sul, mais de 30 trabalhadores receberam papeletas e punições por não aceitarem trabalhar no domingo. A atitude dos dirigentes, gerentes e chefes da empresa que encaminharam essas punições é ilegal e antissindical. Uma clara tentativa de intimidar os trabalhadores.  

O Sindicato já está tomando as devidas providências para reverter essa ilegalidade para apurar e punir quem tomou essa atitude abusiva e merece punição exemplar. O Sindicato não se intimida e está na luta e junto com a categoria não vai engolir esse tipo de convocação, de provocação e pressão abusiva. Os responsáveis terão as respostas que merecem! 

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