OTT e carteiro na guarita mostram abandono da ECT pelo governo

Notícia publicada dia 17/01/2020 17:09

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A falta de investimento, manutenção, segurança e cuidados básicos se junta à falta de funcionários, equipamentos e roubo de direitos da categoria numa ação orquestrada pelo governo para desgastar a empresa e barateá-la, para vendê-la!!!

Todos os grandes complexos de São Paulo estão sofrendo com falta de segurança e outros problemas causados pelo abandono e o descaso da direção da ECT. O Sindicato já denunciou a vulnerabilidade gerada com a falta de controle de entrada na unidade num contexto de violência crescente e exigiu imediata ação da direção da empresa para resolver o problema de contratação de vigilância.

No CTC Santo Amaro, assim como os demais complexos, não há mais vigilância desde dezembro e a chefia desloca OTTs e Carteiros para controlar o acesso de veículos. Os problemas são evidentes. Além de não ser atribuição desses trabalhadores, trata-se de segurança, que envolve riscos variados.

Por isso o Sindicato orienta todos os trabalhadores a não aceitarem se deslocarem para trabalhar na guarita, pois a chefia e a direção da empresa não se responsabilizarão por eventuais problemas e não ser atribuição do empregado.

Negligência e descaso total!

E há vários outros problemas:

  • A falta de efetivo persiste, o que têm agravado os danos à saúde dos trabalhadores;
  • As péssimas condições de trabalho, que só pioram, intensificando ainda mais os danos à saúde (exemplos em Santo Amaro são o ar-condicionado quebrado há meses, ainda mais agora nesse período de temperaturas altíssimas de verão);
  • A falta de manutenção na área externa do complexo, que já parece uma floresta com mato alto, falta de limpeza e proliferação de mosquitos;
  • Falta de copo descartável;
  • As divisórias da área administrativa foram arrancadas para facilitar a entrada de ar, uma vez que não há ventilação, nem ventiladores, nem ar condicionado.

Durante a reunião setorial nos dias 15 e 16, os diretores Douglas e Júlio comprovaram a precariedade e informaram que vão acionar o Ministério Público do Trabalho e o Departamento Jurídico do Sindicato para ingressar com uma ação judicial.

O Sindicato já encaminhou ofícios à empresa, mas não houve respostas nem ações para sanar os problemas, que pioram rapidamente. A falta de medidas é descaso das gerências e da Superintendência SPM.

Mas com certeza vem principalmente da política adotada pelo governo de sucateamento dos Correios para desacreditar, desgastar e desmontar a empresa para facilitar o discurso e viabilizar uma privatização.

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