GERAE Sul descumpre sentença judicial em meio a surto de Covid no CDD Parelheiros

Notícia publicada dia 07/02/2022 08:19

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Agem como se tivessem imunidade parlamentar ou proteção da PGR como o presidente do país e pudesse peitar a justiça e assediar moralmente os trabalhadores. Se esquece que mesmo os que são imunes hoje um dia terão de responder por seus erros e abusos!

Uma decisão da Justiça para ação do Sindicato determinou a aplicação dos protocolos de saúde em combate à Covid-19 no CDD Parelheiros, com afastamento dos contaminados e de todo efetivo da unidade até a realização dos exames PCR, além de sanitização diária intensiva da unidade.

Ao primeiro descumprimento, o Sindicato protocolou denúncia na delegacia regional de Saúde de Parelheiros. Mas a gestão operacional continua peitando a Justiça e descumprindo a sentença que determinou o afastamento do efetivo devido ao grande número de trabalhadores com teste positivo para Covid.

Ainda assim, os dirigentes sindicais tentaram negociar com a Gerae para que ela testasse o pessoal. Mas a negociação não avançou e, por isso, o Sindicato orientou os trabalhadores a cumprirem a sentença e se afastarem para interromper a contaminação na unidade.

Pressão e assédio moral

A atitude da Gerae foi ir ao setor, reafirmar o descumprimento da sentença, dizer que quem não trabalhasse, colocaria falta injustificada no cartão de quem acatasse a orientação do Sindicato e a Decisão da Juíza e se ausentasse. E foi além, pressionando e ameaçando os trabalhadores com transferência.

Tal atitude configura assédio moral contra os trabalhadores e uma flagrante ilegalidade, uma vez que afronta decisão da justiça, e enseja ação judicial.

Transferências e outras maldades

Com a pressão, uma parte do pessoal se sentiu insegura e trabalhou. Os que exerceram o direito legal ao afastamento, foram surpreendidos ao retorno com a comunicação de transferência arbitrária e confirmadamente uma retaliação de má-fé, uma vez que teve trabalhador transferido para local muito distante de sua residência, e que ao chegar na nova unidade surpreendeu a chefia, que nem sabia da transferência para aquele setor, o qual nem falta de trabalhador tinha. Além de outras formas de retaliação.

A pandemia está batendo recorde de casos de covid-19 e as mortes ultrapassando as milhares diariamente, mas gestão operacional continua a postura de não cumprir decisões da justiça, como testar todos e afastar todos trabalhadores. Dizem que pagam multa, mas não seguem decisão do juiz. São 30 mil por dia que saem do bolso da população, pois o Correio é do povo, não da Gerae.

Quem deve, um dia paga

A situação beira ao crime quando a empresa desconsidera seu próprio protocolo, autorizando o trabalhador retornar ao trabalho presencial sem que o resultado do teste esteja confirmado, ou seja, mantendo adoecidos atuando presencialmente no setor, fato presenciado pela GERAE e mesmo assim manteve todo efetivo trabalhando e expondo outros trabalhadores que foram deslocados de unidades próximas para substituir os que seguiram a decisão judicial.

Essa postura serviu como um propagador do vírus, aumentando o risco de contaminação para todos, para seus familiares e para os clientes.

É inacreditável que ainda existam prepostos da direção militar da empresa se sentindo à vontade para seguir os passos do presidente do país, que ousa peitar a justiça, inclusive a instância máxima. Ele se esquece que o presidente está protegido pela PGR. E que, quando deixar o cargo, tudo muda, e ele vai ter que responder por seus crimes.

O SINTECT-SP vai manter a luta em todas as instâncias para proteger os direitos e a vida dos trabalhadores, custe o que custar e doa a quem doer. A dignidade não tem preço e por ela não se mede esforço, com a certeza de que a justiça prevalecerá.

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