#SaiuNaMídia: Federação denuncia falta de ações de prevenção ao coronavírus nos Correios

Notícia publicada dia 27/03/2020 12:15

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Funcionários dos Correios denunciam que medidas para prevenção ao novo coronavírus não vêm sendo adotadas por parte da estatal. O Alto Tietê tem cerca de 550 funcionários, distribuídos em 15 unidades da estatal na região e em todas elas, não há itens de segurança e higiene.
A Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) elaborou um documento contendo 17 páginas relatando que os Correios não estão fornecendo Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), álcool em gel 70%, máscaras, luvas e condições básicas de higiene aos funcionários. O texto foi encaminhado à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e à Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil.
No documento, a entidade ainda solicita que a estatal dispense funcionários que fazem parte do grupo de risco (idosos, pessoas com doenças respiratórias, etc), adote o Home Office (trabalho em casa) e o revezamento de turno entre os funcionários.
O diretor de base do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo (Sindect) no Alto Tietê, Milton de Jesus Miguel, disse que “com muita luta”, os funcionários conseguiram, na última segunda-feira, 23, galões de álcool em gel nas unidades da região. Porém, nas palavras dele, os colaboradores tiveram que “se virar” para conseguir separar o material, a fim de conseguirem realizar a higiene pessoal nas ruas.
Tiveram que procurar garrafas pet para colocar o álcool em gel. Não tem luvas para manusear as cartas que vêm da China e de outros locais que possuem maior número de casos da doença. A gerência das agências não quer liberar os funcionários para quarentena. Alguns até liberam, porque são humanos, outros não“, conta.
Na atualização feita pelo Ministério da Saúde na tarde de ontem, o número de mortos pelo novo coronavírus chegou a 77 no Brasil Outras 2.915 pessoas j foram confirmadas com a doença no País.
Resposta
Em nota, os Correios afirmaram que estão seguindo a determinação da Presidência da República, que define os serviços postais como essenciais. A estatal disse que “está atenta à proteção de empregados e clientes”, com protocolos operacionais e profiláticos já disseminados, baseados nas orientações do Ministério da Saúde.
Disse também que adotou medidas, como envio de orientação a todos os empregados quanto aos cuidados básicos de higiene, disponibilização de álcool gel 70% em locais próximos às estações de trabalho e intensificação de procedimentos de higienização e limpeza do ambiente e equipamentos.
Os Correios também citaram o trabalho remoto, que está sendo feito por empregados que estão nos grupos de risco.

A estatal não se posicionou sobre distribuição de EPIs, luvas ou máscaras, ação citada na reportagem e considerada essencial na prevenção desta nova doença.

Por:  Daniel Marques – de Suzano

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