Seca, calor e queimadas pioram o ar e a saúde e exigem cuidados

Notícia publicada dia 12/09/2024 13:51

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– O tempo quente e seco, a onda de calor e a coluna de fumaça cobrindo o país tornam o ar difícil de respirar, provocam e agravam doenças e podem matar.

– É preciso levar muito a sério e tomar os cuidados necessários, principalmente quem trabalha na rua e fica mais exposto ao tempo como a maior parte dos ecetistas.

A direção da empresa tem a responsabilidade de informar os trabalhadores sobre os perigos para a saúde e os cuidados exigidos.

Também deve providenciar condições para que esse cuidados sejam tomados pelos trabalhadores, como usar protetor solar, se hidratar intensamente (tomar muita água) e em especial evitar exposição ao sol e esforço físico, o que exige medidas especiais para os carteiros e demais profissionais que trabalham nas ruas com as entregas.

Para todas as pessoas é preciso lubrificar os olhos com colírio e lavar o nariz com soro fisiológico várias vezes ao dia.

Umidificadores

Nos setores de trabalho, além de providenciar água de boa qualidade, a empresa deve disponibilizar umidificadores para combater o ressecamento do ar e criar condições adequadas para o pessoal trabalhar sem agravar a saúde. Apesar do calor, é indicado evitar o ar condicionado, que deixa o ar ainda mais seco.

Quem tem histórico de doenças respiratórias e cardiológicas deve ter e receber atenção especial, devido ao risco aumentado de complicações graves. Os óbitos decorrentes desses males crescem muito em situações emergenciais como a atual.

Principais sintomas e perigos:

– Complicações alérgicas e respiratórias;

– Espirros, tosse, dificuldade para respirar;

– Aumento e complicação de doenças respiratórias pré-existentes como asma, bronquite, rinite e enfisema pulmonar.

Eventos climáticos extremos e queimadas

A situação atual não é natural. Este mês de agosto já teve 110 mil km² queimados. Para se ter ideia do tamanho, a área queimada é maior que nove estados da federação e supera a soma dos territórios de Distrito Federal (5.760 km²), Sergipe (21.925), Alagoas (27.848) e Rio de Janeiro (43.750).

De acordo com dados do Governo de São Paulo, o número de focos de calor cresceu 386% entre janeiro e agosto deste ano, na comparação com 2023. Desde que as chamas se agravaram, no fim de agosto, cerca de 8.049 propriedades rurais foram afetadas pelas queimadas em 317 municípios.

O país enfrenta a maior seca desde 1982. Isso contribui com o problema, mas a Polícia Federal estima que cerca de 99% dessas queimadas sejam provocadas pelo homem. Há 33 inquéritos abertos apurando responsabilidades individuais e de empresas do agro sob suspeita de fogo colocado de forma criminosa.

É preciso que a sociedade tome consciência das mudanças climáticas provocadas pela alteração e destruição da natureza pela ação humana.

E passe a cobrar medidas dos responsáveis, que são os governos, mas sobretudo o agronegócio, a indústria e outras empresas.

Os políticos devem ser fortemente cobrados. Em particular porque o Congresso Nacional, com a bancada do agro à frente, resiste em aprovar medidas que poderiam contribuir com a redução da emissão de gases de efeito estufa ou que protegeriam florestas, eque são os principais fatores das alterações climáticas ao lado da poluição industrial.

Pelo contrário, a maioria do Congresso atua para reduzir a proteção de biomas e da população que os protege, como indígenas, ribeirinhos, quilombolas. Pensam apenas nos negócios e nos lucros, e não estão nem aí com a qualidade de vida e com as condições de sobrevivência humana no planeta para as atuais e, sobretudo, futuras gerações.

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