SINTECT-SP participa do ato do Dia Internacional da Mulher e convoca a greve de 18 de março

Notícia publicada dia 09/03/2020 18:18

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Nesse ano, as reivindicações históricas em defesa dos interesses das mulheres tiveram uma divisão de espaço mais marcante com o teor político do ato de 8 de Março.

A defesa da democracia, frente ao claro ímpeto autoritário do governo e seu incentivo ao machismo, à discriminação e, em consequência, à violência contra as mulheres, foi o motivador central.

O perigo de retrocessos pelas ações e declarações do governo coloca a necessidade de defender as conquistas obtidas pelas mulheres ao longo dos anos. Prova disso é o aumento o crescimento da violência e do feminicídio, que é o assassinato de mulheres por motivação de gênero, ou seja, pelo fato serem mulheres.

Ganharam espaço, junto com a celebração dos avanços conquistados, as reivindicações históricas por igualdade de direitos e oportunidades, pelo fim das discriminações e violências, contra o machismo, o assédio, o abuso e também a censura e o fundamentalismo, preocupações recentes ligadas ao incremento do autoritarismo no cenário político brasileiro.

As pautas foram levantadas por representantes de organizações de mulheres, como a UBM e a Marcha Mundial das Mulheres, partidos políticos, de centrais e entidades sindicais, de educadores, de indígenas, de pessoas com deficiência, contra a pedofilia, cristãs, capoeiristas, pela legalização do aborto, entre outros.

A repercuti-las estavam mulheres trabalhadoras, indígenas, com deficiência, negras, imigrantes, donas de casa e um número muito expressivo de jovens, evidenciando o bem-vindo aumento da participação da juventude, que ganha coragem, enfrenta o medo e se atreve a falar e lutar nas ruas e espaços sociais!

Protestam crescem em vários países

O tom político da manifestação de 8 de Março em São Paulo também foi visto em outros países, pareado com reivindicações de proteção contra agressões e igualdade de direitos.

O caso mais marcante foi o do Chile, onde uma multidão tomou as ruas de Santiago em marcha no Dia Internacional da Mulher. Mais de 2 milhões de pessoas participaram do ato, segundo organizadoras.

A marcha se concentrou na Praça Itália, centro da capital chilena, que se tornou um símbolo dos protestos que há quatro meses pressionam o governo de Sebastián Piñera e conseguiram mudanças práticas, como a convocação de um referendo sobre a elaboração de uma nova Carta Magna. A atual foi elaborada ainda na ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

Na Cidade do México, o foco das ações foi o aumento no número de casos de feminicídio. Na Argentina, o maior protesto foi marcado para a segunda-feira, e o tema principal promete ser a legalização do aborto, que tem apoio do presidente Alberto Fernández, mas enfrenta oposição de alguns setores da sociedade, como a Igreja.

A luta continua dia 18 de Março

Além de sua importância como dia de luta pela emancipação social feminina, esse 8 de Março foi um esquenta para a luta da semana seguinte, aprovadas em assembleia da categoria.

Trata-se da participação dos trabalhadores dos Correios na grande luta unificada convocada pelas Centrais Sindicais e outras entidades para o dia 18 de março, em defesa da democracia (ditadura nunca mais), das estatais e dos serviços públicos. O chamado aprovado à categoria é de aprovação da paralisação nesse dia em assembleia no dia 17 de março, às 19h, no CMTC Clube, e participação no ato unificado às 16h, na Av. Paulista.

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