Greve dos Terceirizados: Desmantelamento operacional e desrespeito aos trabalhadores

Notícia publicada dia 17/11/2023 20:26

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O SINTECT-SP denuncia o desrespeito aos trabalhadores concursados e terceirizados, alertando a direção dos Correios sobre a fragilidade da terceirização e a urgência de contratações via concurso público.

A crise que assola a área operacional dos Correios no Brasil, especialmente em São Paulo e Rio de Janeiro, ganha contornos ainda mais críticos quando observada pela lente do Sindicato. Nossa análise destaca não apenas a instabilidade operacional, mas também ações equivocadas, como o remanejamento de trabalhadores da distribuição para a área de tratamento sem nenhum planejamento.

A FINDECT também expressa solidariedade, mas é fundamental ressaltar que as lambanças operacionais em São Paulo e Rio de Janeiro, incluindo tentativas de remanejamento arbitrário, evidenciam a fragilidade da terceirização nos Correios. Os trabalhadores se veem submetidos a uma gestão que, longe de buscar soluções, contribui para a desestabilização da instituição. Inclui-se também a questão das faxineiras, pois há mais de 30 dias, diversas unidades de trabalho estão sem suas funcionárias, acumulando lixo e sujeira, com condições sanitárias precárias e as faxineiras estão sem salários desde agosto devido ao não pagamento por parte da empresa terceirizada responsável.

A área de tratamento, com os operadores de triagem e transbordo, sempre peça-chave nos serviços postais, está agora sobrecarregada devido à imprudente extinção de seus cargos, à terceirização em toda a área de tratamento e às transferências de pessoal sem nenhum planejamento. Este cenário não apenas impacta os trabalhadores diretos, mas compromete toda a operação postal, reforçando a fragilidade do modelo adotado pela empresa. O SINTECT-SP denuncia essa prática que demonstra total desrespeito com a força de trabalho.

Hoje, os Correios viraram reféns da terceirização. A área de tratamento, principalmente, está praticamente parada devido à falta de reposição de mão de obra. Os cargos de OTT foram extintos, tornando a empresa dependente de terceirizados. Diante de uma greve, essa área crucial está comprometida, evidenciando a consequência direta da terceirização e da ausência de concursos públicos há mais de uma década.

A tentativa de remanejamento é apenas um sintoma de um problema maior: a dependência excessiva da terceirização. A paralisação em São Paulo e Rio de Janeiro, com todas as suas consequências, às vésperas da campanha da Black Friday, é um alerta claro sobre a urgência de rever essa política e a necessidade iminente de contratações via concurso público.

O SINTECT-SP reforça seu apoio inabalável aos trabalhadores concursados e terceirizados, destacando a importância da mobilização diante da ausência de concursos públicos há mais de uma década. A situação atual é reflexo das escolhas equivocadas de várias gestões que passaram pelos Correios, e esperamos que a atual gestão mude essa triste realidade. Somente por meio de contratações mediante concurso público será possível reverter esse quadro e fortalecer verdadeiramente os Correios.

É imperativo que a categoria se una para enfrentar esse desafio e assegurar que o serviço postal brasileiro recupere sua vitalidade, cumprindo seu papel essencial na sociedade. A população depende disso, e o SINTECT-SP está comprometido em liderar essa luta por um futuro mais sólido para os Correios e todos os trabalhadores.

Até quando a direção dos Correios vai assistir passivamente o desmantelamento da instituição sem tomar nenhuma providência?

A política adotada parece ignorar a gravidade da situação, colocando em risco não apenas a estabilidade dos trabalhadores, mas também a confiança da população nos serviços postais.

Fica a pergunta: quando será tomada uma atitude efetiva para reverter esse cenário caótico?

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