Tragédia no litoral de SP

Notícia publicada dia 23/02/2023 18:46

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Após anúncio de ação em São Paulo, Correios decidem doar objetos de refugo para famílias desalojadas

• A reunião realizada pelos Dirigentes Sindicais Diviza, Ricardo Negopeixe e Douglas na quarta-feira, 22/2, com o superintendente SPM, José Marcos, resultou na definição de ações em apoio às vítimas da tragédia que atingiu vários municípios do litoral de São Paulo.

• A principal foi a arrecadação de água mineral, produtos de higiene pessoal e mantimentos na Sede e nas Subsedes do SINTECT-SP, e nas unidades de trabalho dos Correios, Agências, CDDs e CEEs, das 8h às 18h.

• Após o anúncio desse acordo de cooperação nesse momento difícil e necessário, a direção nacional dos Correios anunciou a doação de 20 toneladas de itens como roupa e material escolar às vítimas do desastre.

A doação envolve objetos que os Correios chamam de refugo. São aqueles que não foram entregues aos destinatários e nem recuperados pelos remetentes, após todas as tentativas de entrega e prescrição do prazo de direito à reclamação.

A iniciativa é importante para reforçar a solidariedade aos atingidos pelos deslizamentos e desabamentos ocasionados pelas fortes chuvas que atingiram o litoral paulista no carnaval. Segundo o presidente dos Correios, Fabiano Silva, os objetos devem ser entregues o mais rápido possível aos órgãos da Defesa Civil e prefeituras da região.

Tragédia anunciada

A chuva extraordinária que caiu no litoral de São Paulo não foi um acontecimento natural, como muitos podem pensar. Nem erro de previsão da meteorologia. Foi uma excepcionalidade relacionada às mudanças climáticas provocadas pelo desmatamento descontrolado e pelo aquecimento global.

Os principais órgãos de meteorologia do país, ligados a governos e universidades, explicam que a previsão meteorológica depende de inúmeros fatores, entre eles os padrões observados e estudados durante muitos anos. Esses padrões estão mudando rapidamente devido às alterações provocadas na natureza pela ação humana, desmontando a previsibilidade.

A ocupação desordenada do solo, junto com a expulsão dos habitantes originários das praias pela especulação imobiliária, que os empurra para morar em morros e encostas, é outro fator da tragédia.
Ele explica porque as vítimas são os trabalhadores e pobres que habitam as periferias das cidades do litoral, não os ricos e remediados que possuem casas na região.

A falta de prevenção de acidentes desse tipo completa o quadro da tragédia anunciada.

A verba para essa prevenção foi reduzida a quase zero pelo ex-governo negacionista da ciência, das mudanças climáticas, do aquecimento global e até da constatação de que a terra, em vez de plana, é redonda, conforme o grego Pitágoras afirmou no paradigma apresentado no século VI a.C, confirmado por Galileu Galilei no século XVII a partir de observações com telescópios.

O número de mortos no litoral norte paulista chegou a 49, sendo 47 em São Sebastião e 2 em Ubatuba.

O total de pessoas fora de casa, desabrigadas ou desalojadas chega a 3.500 na região. Os desaparecidos somam 36, mas os números ainda devem aumentar, já que há relatos de que pessoas estariam sob os escombros de estruturas que cederam.

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