Mobilização nacional faz deputados recuarem e retirarem apoio à PEC da Reforma Administrativa

Notícia publicada dia 08/11/2025 12:18

Tamanho da fonte:

A pressão dos trabalhadores e das entidades sindicais em todo o país já começa a surtir efeito. Após intensa mobilização em Brasília, com participação da FINDECT e de sindicatos de diversas categorias, 16 deputados federais retiraram suas assinaturas de apoio à PEC 38, proposta que ameaça direitos dos servidores e desmonta o serviço público.

A tentativa de retomar a Reforma Administrativa, agora apresentada como PEC 38, encontrou uma forte reação de trabalhadoresdo setor público e entidades sindicais em todo o Brasil. A proposta, que reduz direitos, precariza vínculos e abre espaço para a privatização de serviços essenciais, vem sendo amplamente rejeitada por quem conhece a realidade do funcionalismo e defende o Estado brasileiro.

A FINDECT através de seus sindicatos filiados, SINTECT-SP, SINTECT-RJ, SINTECT-Santos, SINDECTEB, SINTECT-TO e SINTECT-MA esteve presente em Brasília na última semana, participando do grande ato nacional contra a PEC 38, realizado em Brasília. O protesto reuniu milhares de servidores, funcionários e empregados públicos e lideranças sindicais de todo o país, unidos em um só propósito: barrar o avanço da proposta e defender um serviço público de qualidade, acessível e comprometido com o povo brasileiro.

A mobilização nacional já mostrou resultados concretos. Sob forte pressão nas ruas, nas redes e nas bases eleitorais, 16 deputados federais retiraram suas assinaturas da PEC, fragilizando o andamento da proposta, que precisa de 171 apoios válidos para seguir em tramitação. Com as desistências, a PEC corre o risco de ser devolvida ou arquivada.

Entre os parlamentares que recuaram estão: Rafael Prudente (MDB-DF), Murilo Galdino (Republicanos-PB), Fátima Pelaes (Republicanos-AP), Duda Ramos (MDB-RR), Emidinho Madeira (PL-MG), Pastor Diniz (União-RR), Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), Helena Lima (MDB-RR), Marx Beltrão (PP-AL), Alexandre Guimarães (MDB-TO), Renilce Nicodemos (MDB-PA), Henderson Pinto (MDB-PA), Zucco (PL-RS), Marussa Boldrin (MDB-GO), Coronel Assis (União-MT) e Thiago de Joaldo (PP-SE).

Para o secretário de Assuntos Parlamentares da FINDECT, Silvio Prudêncio, o recuo de parte dos deputados é um reflexo direto da mobilização nacional.

“A pressão organizada está funcionando. A presença dos trabalhadores em Brasília, somada à atuação nas redes sociais, mostra aos parlamentares que o povo está atento. A PEC 38 não representa modernização, é um retrocesso que atinge não só os servidores, mas toda a população que depende dos serviços públicos”, afirmou Prudêncio.

O diretor Márcio, do SINTECT-Santos, destacou que a mobilização precisa continuar firme e unificada.

“Essa vitória parcial mostra que, quando o trabalhador se mobiliza, o resultado aparece. Mas não podemos parar por aqui. É hora de ampliar o debate e fortalecer a luta em cada local de trabalho, com consciência e unidade”, reforçou Márcio.

Já o diretor do SINTECT-MA, Luiz Carlos, lembrou que a participação das entidades de diferentes estados fortalece a luta nacional.

“O que está em jogo é o futuro do serviço público no Brasil. Essa PEC prejudica os trabalhadores e também a população mais pobre, que depende das políticas públicas. Cada servidor precisa cobrar o seu deputado e deixar claro que não aceitaremos retrocessos”, afirmou Luiz Carlos.

A FINDECT e seus sindicatos filiados reforçam que a luta contra a PEC 38 continua. A mobilização nas ruas, nos locais de trabalho e nas redes sociais é fundamental para impedir que essa proposta avance e cause danos irreparáveis ao serviço público brasileiro.

A luta é de todos. Quando os servidores se unem, o Congresso escuta. A defesa do serviço público é a defesa do Brasil.

Compartilhe agora com seus amigos