Presidente do SINTECT-SP defende aporte do Governo Federal nos Correios para salvar plano de saúde; Sindicato e FINDECT notificam empresa e exigem solução imediata
Notícia publicada dia 07/05/2025 15:53
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Hospitais e clínicas estão suspendendo atendimentos por falta de pagamento. Sindicato e Federação responsabilizam a direção dos Correios pelo colapso no plano de saúde e cobram aporte imediato do Governo Federal. Também exigem a suspensão do processo eleitoral da Postal Saúde, em meio ao caos.

A saúde dos trabalhadores e trabalhadoras dos Correios entrou em colapso. A Postal Saúde, operadora do plano de saúde da categoria, enfrenta sua pior crise financeira. Por falta de repasses da empresa aos hospitais, clínicas e laboratórios, os atendimentos estão sendo suspensos. Exames, cirurgias e até internações estão sendo negados, enquanto os trabalhadores continuam pagando suas mensalidades. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) já classificou a operadora no nível mais crítico de alerta.
Diante da gravidade da situação, o SINTECT-SP e a FINDECT notificaram extrajudicialmente a direção da ECT e da Postal Saúde, exigindo uma solução urgente. As entidades cobram que os Correios, como empresa pública, busquem apoio direto do Governo Federal e viabilizem um aporte financeiro emergencial que permita o repasse imediato aos prestadores e a normalização dos atendimentos. A responsabilidade não pode mais ser empurrada para os trabalhadores.
Durante o podcast realizado no dia 1º de maio, o presidente do SINTECT-SP, Elias Diviza, foi enfático: “A categoria está sem atendimento médico e a direção dos Correios assiste de braços cruzados. Defendemos que, sendo os Correios uma empresa pública essencial, o Governo Federal aporte recursos imediatamente para que o plano de saúde volte a funcionar e todos os pagamentos em atraso sejam quitados. É uma questão de responsabilidade com a vida dos trabalhadores.”
Diviza também destacou que a situação dos Correios é crítica em outras frentes: “Além do caos na saúde, motoristas terceirizados estão sem receber, contratos estão sendo rompidos e a logística da empresa está sendo comprometida. Os trabalhadores fizeram sua parte. Agora é hora do presidente Lula e do Governo Federal demonstrarem sensibilidade e compromisso com essa categoria. Não estamos pedindo privilégios, estamos exigindo dignidade e condições mínimas para viver e trabalhar.”
Além disso, o SINTECT-SP e a FINDECT exigem a suspensão imediata do processo eleitoral da Postal Saúde, que está sendo conduzido de forma apressada e sem transparência, justamente no pior momento da história do plano. O edital foi publicado com prazos curtos e sem ampla divulgação, impedindo a participação democrática da categoria.
O SINTECT-SP seguirá na luta para que os Correios assumam suas responsabilidades e para que medidas concretas sejam tomadas com urgência. A saúde não pode esperar. O plano de saúde dos trabalhadores dos Correios não pode parar.