SINTECT-SP participa da 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras em Brasília e reforça a luta por reparação, igualdade e bem-viver

Notícia publicada dia 26/11/2025 10:13

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Diretoras do sindicato representaram as trabalhadoras dos Correios na maior mobilização de mulheres negras do país, realizada em 25 de novembro, durante os 21 Dias de Ativismo e o Novembro Negro.

A participação das diretoras Silvana Azeredo, Michele Souza e Francisca Idalina reforçou o compromisso do SINTECT-SP com a luta das mulheres negras e trabalhadoras dos Correios. A grande mobilização ocorreu em Brasília, no dia 25 de novembro, reunindo caravanas de todo o país em um dos maiores atos do calendário nacional de combate ao racismo e à violência de gênero.

Uma marcha histórica e simbólica

Logo pela manhã, uma enorme figura inflável de uma mulher negra de 14 metros, com uma faixa presidencial onde se lia “Mulheres Negras Decidem”, marcou o início da concentração rumo à Esplanada dos Ministérios. A cena deu o tom de uma marcha que reuniu cerca de 500 mil pessoas ao longo do gramado central de Brasília, consolidando a 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras por Reparação e Bem-Viver como um dos maiores atos da história recente do país.

A mobilização integra os 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, o Mês da Consciência Negra e reivindica políticas públicas de reparação, proteção à vida, igualdade de direitos e enfrentamento ao racismo estrutural que atinge de forma profunda as mulheres negras.

Além das trabalhadoras, a marcha contou com mulheres quilombolas, que reforçaram seu papel como guardiãs dos territórios e da biodiversidade, e com homens que somaram ao ato reconhecendo que a igualdade de gênero é responsabilidade coletiva.

O ato contou com importantes lideranças políticas e sociais. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, caminhou acompanhada das deputadas federais Talíria Petrone (PSOL-RJ), Benedita da Silva (PT-RJ) — primeira mulher negra deputada federal e também a primeira senadora negra do Brasil — e Jandira Feghali (PCdoB-RJ), além de movimentos sociais de todo o país.

Representando o movimento sindical e as mulheres trabalhadoras, estiveram presentes a secretária nacional de Mulheres da CTB, Kátia Branco, e a conselheira de Políticas Públicas para Mulheres do município de São Paulo, Karoline Bandeira, que caminharam ao lado do SINTECT-SP fortalecendo a unidade na luta.

O que representa a Marcha das Mulheres Negras

A Marcha das Mulheres Negras é um marco político nacional. Ela denuncia o racismo, a violência, a desigualdade econômica e todas as formas de opressão que atingem de forma mais intensa as mulheres negras. Também reivindica políticas de reparação histórica, garantia de direitos, vida digna e bem-viver — princípios fundamentais para enfrentar séculos de exclusão.

Durante o ato, as diretoras do SINTECT-SP destacaram a importância da presença das trabalhadoras na mobilização nacional.

Silvana Azeredo afirmou:

“Estar aqui é reafirmar que as mulheres negras dos Correios estão na luta por respeito, representatividade e igualdade. Seguiremos firmes até que nossas pautas sejam prioridade no país.”

Michele Souza destacou:

“A marcha é um grito coletivo contra o racismo e a violência. É emocionante ver o protagonismo das mulheres negras tomando Brasília e mostrando que não recuaremos.”

Francisca Idalina ressaltou:

“É fundamental que o sindicato esteja presente e atue ao lado das mulheres negras. Nossa luta é por direitos, dignidade e um futuro sem discriminação.”

A secretária nacional de Mulheres da CTB, Kátia Branco, também enfatizou a força do momento:

“A marcha mostra que somos muitas, diversas e determinadas. É um chamado para que o Estado assuma suas responsabilidades e para que a sociedade reconheça a centralidade da luta das mulheres negras.”

A conselheira municipal, Karoline Bandeira, completou:

“Marchamos por reparação, bem-viver e democracia. É inspirador ver sindicatos, movimentos sociais e mulheres de todo o Brasil juntas por um país mais justo.”

Um marco dos 21 dias de ativismo e do Novembro Negro

A marcha ocorreu no Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, reforçando a urgência do enfrentamento ao feminicídio, ao racismo e às desigualdades de gênero. Ela integra o calendário dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres e também fortalece o Novembro Negro, mês dedicado à luta antirracista e à afirmação da identidade negra no Brasil.

O encerramento da 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras reafirmou a força política das mulheres afro-brasileiras, afro-latinas e afro-caribenhas. A mensagem deixada em Brasília foi clara: a luta por vida sem violência, reparação histórica, bem-viver e igualdade plena de direitos é inegociável para a construção de um país mais justo e verdadeiramente democrático.

O SINTECT-SP seguirá empenhado em fortalecer o protagonismo das mulheres da categoria e combater todas as formas de opressão no mundo do trabalho e na sociedade.

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