Categoria mostra disposição de luta em plenária de Delegados Sindicais

Notícia publicada dia 29/08/2015 23:06

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Os companheiros que vieram de diversas regiões e setores da base do Sindicato deixaram claro que a disposição de luta e a mobilização é geral, e ninguém vai aceitar ataques da direção da empresa!

Mesa 1

O Sindicato realizou uma importante plenária com os Delegados e Delegadas Sindicais no sábado, 29 de agosto. O objetivo da reunião foi aprofundar o debate sobre a Campanha Salarial, o momento econômico e político em que ela se dá, a disposição da empresa de explorar cada vez mais os funcionários e a mobilização da categoria para combater os ataques aos salários e benefícios que a ECT está deixando claro que virão.
A Plenária contou, inicialmente, com uma análise da situação política e econômica do país apresentada por Nivaldo Santana, Vice-presidente Nacional da CTB.

Nivaldo SantanaNivaldo expressou preocupação com o momento vivido no país. Ele vê uma crise econômica profunda, que foi transformada em crise política pela oposição patronal, com apoio da grande mídia empresarial.

Partidos e mídia patronal escondem o caráter global da crise. Passam a ideia de que as dificuldades atuais são todas de responsabilidade das decisões políticas do governo, com o único intuito de desgasta-lo para faturar nas eleições e alimentar a ideia golpista de impeachment da presidenta, sem que haja uma motivação concreta para isso, pois impeachment é uma medida jurídica, e não política.

Economicamente, o cenário é difícil. Prova disso é a queda do crescimento da China, que hoje é o motor da economia mundial, que está integrada e envolve todos no mesmo contexto. O Brasil resistiu bastante à crise mundial iniciada em 2008, mas agora ela chegou por aqui, embora as previsões indiquem que em 2016 deve começar um movimento de melhoria.

Para Nivaldo, “é claro que a empresa vai usar a crise como argumento para dizer que está em dificuldades e justificar sua falta de proposta e ataques aos salários e conquistas da categoria”. Atitude que os trabalhadores devem rejeitar, porque não há motivo para o Correio ser tão afetado por uma crise na produção e no consumo de mercadorias.

A luta precisa e vai ser muito forte este ano

Os Delegados Sindicais comentaram a situação econômica do país, dos Correios e a mobilização dos trabalhadores. Vários deles trouxeram testemunho das dificuldades vividas nos setores e da revolta que isso provoca. Mostraram que a categoria está em pé de guerra devido ao excesso de trabalho, à pressão e ao assédio moral das chefias, aos assaltos que aumentam devido à falta de atitude da ECT, às péssimas condições estruturais das unidades, à demora na implantação da entrega matutina e não vão aceitar retrocessos nos direitos e falta de um aumento salarial decente.

ErickO Companheiro Erick (à esquerda), Delegado Sindical do CDD Imirim, opinou que a luta da categoria deste ano é muito parecida com a das demais categorias, devido à conjuntura econômica do país. Mas com uma diferença fundamental, que é a defesa de conquistas que nossa categoria terá de fazer, devido às ameaças da ECT de impor retrocessos no Convênio Médico, não pagar a PLR e não aumentar os salários e os benefícios.

HeberHeber Novaes (à direita), do CDD Vila Gustavo, destacou que a empresa está usando a categoria para acobertar sua má administração financeira, administrativa e operacional, verdadeira razão para qualquer dificuldade. Os trabalhadores não têm culpa se a empresa não vai bem, porque estão trabalhando sobrecarregados devido à falta de funcionários, fazendo a parte deles até mais do que deveriam. Não é possível que a situação vá de mal a pior com o nível de exploração da força de trabalho que hoje se vê nessa empresa, com o aumento dos contratos para entrega de encomendas e com o aumento da arrecadação mostrado pelo próprio balanço patrimonial.

Sindicato chama a luta

Diviza 1O companheiro Diviza, Presidente do Sindicato, convocou os Delegados Sindicais e envidarem todo esforço e dedicação possível para desencadear uma mobilização fortíssima, que leve a uma grande e duradoura greve. Uma ação fundamental do Sindicato e da FINDECT foi se reunir com todos os Sindicatos de Correios do país para unificar o calendário e a luta, rumo a uma greve conjunta e unitária. A assembleia de greve de 15 de setembro acontecerá em todo o país e vai desencadear uma paralisação nacional. Outra ação está no esforço concentrado da Diretoria para realizar reuniões setoriais em toda sua base sindical, para informar e mobilizar os companheiros rumo a uma grande luta nesta Campanha Salarial.

GuineA essas ações é preciso que seja somado o trabalho dos Delegados e Delegadas Sindicais junto aos seus companheiros de trabalho, antigos e novos na empresa, conscientizando-­os de que a união e a luta conjunta é a arma que temos para evitar os ataques aos nossos direitos e obrigar a empresa a atender nossas reivindicações. Puxar saco e pelegar só traz prejuízo para todos e ajuda a empresa a manter e aumentar a exploração.

O companheiro Guiné, Diretor do Sindicato, opinou que Devemos centrar fogo em reivindicações como aumento linear, para favorecer os que ganham menos, implantação integral e definitiva da entrega matutina, pagamento da PLR e nenhum retrocesso nos direitos, manutenção da cláusula do convênio médico e melhoria no atendimento à categoria, com o fim dos descredenciamentos e aumento do número de credenciados por região.

Plenaria de Delegados Sindicais - 29-08-2015
Todos na luta!

Assista ao vídeo e confira abaixo a galeria de fotos desta atividade:

 

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