ECT tem que tomar medidas urgentes contra proliferação do coronavirus

Notícia publicada dia 17/03/2020 15:12

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Imediatamente a direção da ECT tem que adotar e divulgar um protocolo claro de segurança para os trabalhadores internos, fechar unidades dos Correios que atendem o público, limitar a quantidade de empregados nos ambientes de trabalho e ter um plano claro e negociado com os Sindicatos para o caso da pandemia fugir do controle, que contemple o fechamento de todas as unidades!

A OMS elevou o surto de coronavirus à condição de pandemia, ou seja, está em todos os lugares e todas as pessoas estão vulneráveis. As escolas foram as primeiras a entrar na defesa da população, começando a suspender aulas em todo o país.

A primeira morte pelo coronavírus já ocorreu em São Paulo e o prefeito decretou situação de emergência, o que implica na suspensão, redução e alteração do atendimento nos serviços municipais. O decreto do prefeito também determina o fechamento imediato de museus, bibliotecas, teatros e centros culturais públicos municipais.

Por sua vez, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira declarou no dia 17/03 que a velocidade de propagação do novo coronavírus no Brasil surpreendeu, que já prevê muitas mortes e que a pasta está preparando instruções para o manejo seguro de cadáveres.

E a direção dos Correios, o que fez?

A responsabilidade, a seriedade e o compromisso de todos com a contenção da proliferação do coronavirus estão em primeiro lugar. Mas a direção dos Correios, em vez de ter um plano emergencial para dar sua cota de contribuição, se limitou a dizer para os empregados lavarem as mãos e manterem as bancadas de trabalho higienizadas, orientação que todos já devem ter ouvido centenas de vezes.

Mas nem sequer distribuiu álcool, máscaras e demais materiais de limpeza e proteção necessários. Muito menos se pronunciou sobre a segurança dos trabalhadores e da população que tem contato com os ecetistas e com objetos triados e entregues pelos Correios.

Isolamento é exigência

Os países que estão conseguindo conter a disseminação do vírus e controlando o número de casos são aqueles que tomarem medidas precoces de isolamento social e a testagem em massa, como Japão e Coreia do Sul, por exemplo.
Se o governo e as empresas deixarem o tempo passar a o contágio rolar solto, a situação pode fugir do controle. E se o caos tomou conta de um país com condições sanitárias e de atendimento no sistema de saúde melhores que os do Brasil, como a Itália, imagine o que pode ocorrer por aqui.

A contaminação pelo vírus vai explodir no Brasil. Nenhum gestor ou governante pode ser irresponsável com a saúde pública.

A ECT tem de fazer campanha de esclarecimento e prevenção, com o público interno e externo, e fornecer itens de higiene e segurança imediatamente! Tem que suspender o trabalho que implica contato direto com o público já. Ter uma solução imediata para as mães que amamentam, têm filhos em creche que fecharam e não têm com quem deixá-los.

E ser transparente com as Federações, Sindicatos e trabalhadores, divulgar casos de contaminação interna e negociar as medidas a serem tomadas, seja nas agências ou nos demais setores, inclusive a possibilidade de fechamento de todas as unidades.

Ofício e irresponsabilidade

As Diretorias da FINDECT e do SINTECT-SP já enviaram ofício à direção dos Correios reivindicando responsabilidade com a saúde da categoria e respostas urgentes para tudo que foi levantado acima.
Mas até agora a direção da empresa não se pronunciou, mesmo com todas as evidências de que a situação vai piorar muito e exige ações imediatas.

Com isso, indica que não está preocupada em fazer sua parte para evitar que o vírus se espalhe. E ainda tem a coragem de declarar, pela voz de seu presidente, que o trabalho dos Correios vai aumentar nos próximos dias.

Chega de aberrações, irresponsabilidade, descaso e abuso com os direitos e a saúde dos trabalhadores dos Correios e com toda a população! Exigimos respostas e medidas já!

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