ECT pede trégua e negocia os dias das paralisações regionais.

Notícia publicada dia 01/05/2015 11:32

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Primeiro item negociado foi a compensação dos dias parados; empresa pediu trégua para negociar as reivindicações da categoria.

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A Diretoria do Sindicato foi surpreendida no dia 28 de abril por um chamado urgente da ECT. Durante a reunião da FINDECT com os Sindicatos filiados para definir os detalhes sobre a ação judicial contra a cobrança extra do Postalis, ocorrida na sede do SINTECT-SP, o companheiro Diviza, presidente do Sindicato, e o Vice-presidente Rogério(Linguinha), tiveram de se ausentar para se reunir com a DR-SPM.

A Diretoria Regional da ECT chamou o Sindicato para abrir negociações das reivindicações que estão mobilizando a categoria nas paralisações regionais. Quase todas as regiões da DR-SPM já paralisaram, e o Sindicato está encaminhando a greve onde ainda não ocorreu, rumo a uma greve geral.

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Dias parados

O primeiro ponto negociado pela ECT foram os dias parados até agora. Pela proposta da empresa, as regiões que paralisaram terão as horas de greve abatidas nas horas extras realizadas de 01 a 30/04/2015. São 8 horas para quem não trabalha aos sábados e 12, para quem trabalha.

A ECT solicitou ainda que o Sindicato comunique as paralisações com maior antecedência, para que possa negociar com o Sindicato e procure resolver os problemas, de modo a evitar as paralisações.

Problemas devem ser resolvidos

Para a Diretoria do Sindicato, não há problema em comunicar as paralisações com antecedência e negociar as reivindicações. Aliás, negociação é o que queremos. E soluções, é claro.
As reivindicações da categoria não são segredo. Já foram apresentadas para a empresa e publicadas inúmeras vezes. Se a empresa quiser resolvê-los, o Sindicato está aberto à negociação. Mas não aceita mais enrolação.

Assim, as próximas paralisações serão marcadas e comunicadas com antecedência. Esperamos que a ECT negocie e resolva os problemas, para evitar as greves. Caso contrário, elas continuarão ocorrendo, rumo à greve geral da categoria.
E para antecipar as discussões, publicamos mais uma vez os principais problemas e as reivindicações dos trabalhadores, que são os motivos das paralisações. Basta os dirigentes da empresa lerem aqui e apresentarem soluções nas reuniões de negociações.

Principais problemas da categoria, que exigem soluções imediatas:

  • Falta de funcionários e, em consequência, dobras, excesso de trabalho e de horas extras;
  • Necessidade de realização urgente do concurso público e contratação de mais funcionários efetivos para atender a demanda de trabalho;
  • Devido ao excesso de encomendas (e de trabalho), CDDs estão virando CEE; mais funcionários já!
  • Violência nas ruas e assaltos diários, problema gerado pela entrega de objetos de valor, para o qual a empresa não apresenta soluções;
  • Falta de segurança nas Agências, pela supressão dos vigilantes, que são imprescindíveis devido ao trato com valores, que aumenta muito com o Banco Postal;
  • Más condições de trabalho, assédio moral, falta de EPIs e uniformes;
  • Prédios com problemas de climatização e de manutenção, muitos exigindo mudança imediata por estarem caindo aos pedaços e superlotados, com espaço físico insuficiente para comportar carteiros, encomendas e veículos (exemplos de prédios com problemas estruturais não faltam);
  • Necessidade da implantação urgente da entrega matutina;
  • Cobrança extra do Postalis para os trabalhadores dos Correios, para tapar o rombo de bilhões provocado pela má administração do fundo, que fez escolhas erradas de investimentos e aplicações financeiras, além da corrupção que influenciou as decisões tomadas. NÃO VAMOS ACEITAR QUE JOGUEM O PREJUÍZO PARA O TRABALHADOR. A ECT, como patrocinadora, tam de pagar a conta! E os responsáveis pelo rombo devem ser investigados e processados!
  • Descredenciamentos que continuam no Postal Saúde, deixando a categoria com falta de atendimento hospitalar, ambulatorial, de consultórios e laboratórios – POR UM CONVÊNIO MÉDICO DECENTE!

Clique aqui e leia a ata da reunião entre o SINTECT/SP e a empresa para o acordo de compensação dos dias parados.

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